Você está aqui: Página Inicial > Acopiara > campus_acopiara > Concursos Culturais > Concurso de Poesia 2019 - Poemas
conteúdo

Concurso de Poesia 2019 - Poemas

última modificação 23/12/2020 10h43

Realidade Derrocada

A voz que foi dada, não será calada
Liberdade? Conto de fada
Sistema educacional? Grande piada
Tudo pelo controle da massa alienada
Segue formando a desinformação
Mas o povo acredita no futuro da Nação
Renato perguntou: "Que país é esse?"
Aqui o pobre é quem paga o preço
Esperançosos por um recomeço
Mas contínua o voto de cabresto
Eles protestam: " Votar para mudar!"
Democracia? De fato não há
Abram seus olhos, ela nunca existiu
Aqui é sempre 1° de abril
Assim permanece a hierarquia no Brasil
É lucrativo os bastidores de uma crise
Firme e forte o pão e circo sobrevive
O povo já não tem memória
A corrupção é a mesma dos livros de História
O futuro próximo não se pode prever
Mas fiquem sabendo: conhecimento é poder
Abram seus olhos, a realidade é infeliz
Não confiem em nada que o sistema diz

Procurem a verdade e saiam da Matrix.

"Reijane Alves  Almeida"
Licença Creative Commons

Acorda

Onde está a beleza deste país?
Onde ninguém mais liga
Para o que um velho sábio diz.
Não vejo as verdes matas,
Lindas florestas de encantar.
O ar ficou impuro, poluído...
Como você não fica sentido?
As agroindústrias destroem
Pequenas terras onde viviam heróis
Heróis aqueles que agrotóxicos não usavam
Heróis aqueles que pela vida da natureza lutavam.
E você "nem aí ", Só quer saber do seu alimento
Pronto, industrializado,
Todo transgênico.
Porém depois fingi não saber
A causa antecipada daquele câncer.
Vida contemporânea,
Grande uso da razão
Razão tão irracional...
ACORDA, olha a sua volta

NÃO ESTÁ NADA NORMAL!

"Lussarina Oliveira Lima"
Licença Creative Commons

Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

Olhos que Consolam

Entre decisões, a guerra eu vi surgir.
Eu enxuguei as lágrimas dos soldados que choravam.
Senti a dor das famílias que os viram partir,
e que nunca mais voltaram.
Vi soldados fortes se ajoelharem ao chão.
Envolvendo em seus braços os corpos sem vida.
Olhando ao redor e buscando a razão,
do porque que a perda era sua única companhia.
Ouvi a calmaria ser substituída pelo som dos canhões.
Transformando o silêncio da morte em sua próxima canção.
Vi o céu ser cortado por grandes aviões,
lançando bombas até atingirem o chão.
Senti na pele a dor da perda.
Dos companheiros de honra que nunca desistiram.
Vi suas armas serem jogadas sobre a mesa.
Pois as orações agora, são para aqueles que partiram.
Eu vi o humano se tornar inimigo de si mesmo.
Suportei a tristeza dos que vi massacrarem.
E por muitas vezes na linha do tempo,
vi as hastes que sustentavam a humanidade desabarem.
Eu vi a paz tentando se concretizar.
Eu ouvi os gritos em momentos de glória.
Senti medo, desespero e vontade de chorar.

Mas para aqueles que sobreviveram, nem tudo foi vitória.

"João Victor Macedo do Amaral"
Licença Creative Commons

    Queria um mundo assim

Eu queria um mundo assim
Que a verdade pudesse reinar
Onde tudo fosse bom e nada fosse ruim
E as pessoas dedicassem a se amar,
Que existisse só vida e não morte,
O humano pensasse mais forte
E o mal não pudesse atuar.
Só queria um mundo perfeito,
Onde os deveres fossem iguais,
Assim dividia os direitos
E ninguém recebia a mais,
essas leis podiam existir,
e que todos pudessem cumprir,
Pois seria o caminho da paz.
Só queria um mundo dinâmico
Onde o justo seria a justiça,
E a virtude de ser generoso
Derrubasse a tal da cobiça,
A doença pegasse a bagagem,
E a força da nossa coragem,
Destruísse de vez a preguiça.
Pois seria feliz todo dia,
Dessa forma encontrava alegria,

Era esse o mundo que eu queria.

"José Rogério de Lima e Silva"
Licença Creative Commons

Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

Desabafar

Por que rima vem surgindo devagar, sem esperar,
Mas não contrato pra gravar quem não se pode calar?
Nem ajuda humanitária pra quem não pode trampar?
A verdade é muito dura pra quem não quer escutar
Complicado é aturar senhor de engenho explorar
Dizer que não vai pagar, que um salário não dá
Empregar preto nem dá, pobre é só pra humilhar
Por que pra escravizar tem pra juntar com uma pá
Cidade não pode avançar, emprego não haverá
Indústria não aparece uma razão sempre há
Político quer te usar, migalhas pretende dar
Memória fraca esquece e comparece a votar
Por um emprego te dar, você não pode evitar
E outra vez se repete e sempre repetirá
Mas se a gente parar de se digladiar
E se juntar pra acabar, o rei arregará
Sou do Rap nacional e tô aqui pra somar
Conheço a luta do povo, pode acreditar
Minha intenção nunca foi fama eu só preciso falar
Pra que ouça o que digo e possa assimilar
Pra que a criança até pobre possa pensar em sonhar
E cada sonho ela possa também realizar
Mas se depois disso tudo não parar pra pensar

Me perdoe a maneira grosseira pra desabafar.

'Antonio Cicero Magalhães Brito"
Licença Creative Commons

Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

Dualidade

De minha cidade alagada, vejo o verde gritar.
O universo escuro se expande e oscila
como as águas que eu temo pisar.
Um lindo balão verde se eleva estonteante,
diminuindo a cada centímetro percorrido.
E eu fico aqui, aguardando um submarino,
que já está à vista de um periscópio;
junto a voz do Capitão:
- Por que não subiste no balão?
E preferiste o submarino?
Eu lhe respondi:
- Para subir num balão é necessária leveza.
No entanto, o peso de minhas mágoas se submete à gravidade.

Só me resta afundar.

"Daniel do Carmo Feitosa"
 Licença Creative Commons

Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

Os Códigos da Paixão

Estudos podem tentar
Mas nunca vão descobrir
A NASA não vai decifrar
Nem telescópios por aí
A força dessa paixão
Que vibra dentro de mim
E cada vez me deixa forte
E toda vida mostra um Norte
E sempre é o teu sorriso
E eu bobo sempre paro
Sem segundas intenções
Eu simplesmente encaro
Esse teu gingado quente
Tua pegada é diferente
E me deixa apaixonado
Mas eu fico abandonado
Por essa paixão bandida
Crueldade é o que fazes
Sem pena nem piedade
Deixando-me por maldade

Tão sozinho nessa vida!

"Francisco Rael Campos Alves"
Licença Creative Commons

Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

Ciclo

Batimento acelerado, o início da vida surgiu.
A pureza vinda de um ser pequeno iluminado.
9 meses no ventre berçário para ser gerado.
O choro embalado ao sussurro do vento se ouviu.
A doçura e alegria tomava conta do lugar.
Corre, pula, esconde em meio a gargalhada.
A pequena com sua descoberta, encantada.
Sem perceber o tempo voa em apenas um piscar.
O enlace entre escolha certa e insensatez.
Estudo, amizade, carreira profissional.
O destino encarrega-se do encontro ocasional.
O amor sem avisar bate a porta pela primeira vez.
O encaixe do ciclo atribuiu-se então.
Casa, trabalho, com a vida a dois conciliar.
As responsabilidades aumentam, chegam sem avisar.
A felicidade transborda com a notícia da gestação.
A engrenagem do tempo começa a enferrujar.
O olhar da experiência transparece o cansaço.
Domingo é dia dos bisnetos ganhar abraço.

A areia da ampulheta acabou, é hora de descansar.

"Raíssa Nunes da Silva"
Licença Creative Commons

Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

Perdido

Amar dói! Disse o tolo apaixonado
Achando que amar era sinônimo de sofrer
Mas, o sinônimo de sofrer é não ser amado
Eu não soube amar!
Disse aquele de coração quebrado
Que já nem sentia o passar do tempo
Enquanto juntava seus cacos
Mas, e eu?
Quem sou eu para falar de amor?
Quem sou eu para falar de amar?
Eu que ora sorrio para as estrelas
Que ora choro ao luar
Quem sou eu?
Eu sou só um poeta cansado
Um ser humano confuso
Mais um simples apaixonado
Perdido

E à espera de um abraço.

"Nara Sanatiele Beserra Viana"
Licença Creative Commons

Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

 Mulheres

 Mulher sublime ser
Tesouro sem igual valor
Criatura tão valiosa
Criada por nosso Senhor
Com palavras singelas
Viemos te homenagear
Pelas lutas e vitórias
Que viestes a conquistar
Mulheres de garra
Que luta com fervor
Vencendo os obstáculos
Com muito orgulho e amor
Não temendo o preconceito
Que venhamos a enfrentar
Sempre de cabeça erguida
Por mais um dia à lutar
Por meio desses versos
Viemos agradecer
pelas oportunidades
A cada amanhecer
Finalizo essa poesia
Com muita gratidão
E gritamos juntos

Machismo não!

"Elizângela da Silva e Francisca Luana Mariano da Silva"
Licença Creative Commons

Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.