Servidoras de Maranguape participam do prêmio Anas - Mulher & Ciência

Duas servidoras do campus de Maranguape do Instituto Federal do Ceará (IFCE) estão entre as indicadas à premiação de Honra ao Mérito de Pesquisa do 1º Prêmio Anas – Mulher & Ciência. São elas a técnica de laboratório de Química Ana Raquel Araújo da Silva e a docente de Língua Portuguesa Benigna Soares Lessa Neta.

A premiação é uma homenagem da Pró-reitoria de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação (PRPI) às pesquisadoras do IFCE que se destacam pela notória produção científica nas diversas áreas do conhecimento, proporcionando valorização e visibilidade.

O nome do prêmio é uma homenagem a duas docentes e pesquisadoras do IFCE, professoras Ana Cristina da Silva Morais e Anna Erika Ferreira Lima. O Prêmio “Anas - Mulher & Ciência” tem o objetivo de valorizar e dar visibilidade às mulheres pesquisadores do IFCE.

A solenidade de entrega das premiações acontece na próxima segunda-feira (7), às 14h, no auditório Castello Branco do campus de Fortaleza do IFCE.

Ana Raquel: produção científica pujante

Licenciatura em Química pela Universidade Estadual do Ceará (UECE), especialista em Bioquímica e Biologia Molecular (UECE) e doutora em Biotecnologia, Ana Raquel Araújo da Silva fez dois pós-doutorados, um pela UECE o outro pela Universidade Federal do Ceará (UFC).

Em 2019, publicou três artigos com os seguintes títulos: Composição química e atividade antiviral contra o vírus dengue de duas espécies de Spondias e seus constituintes fenólicos, Análise da atividade antioxidante pelo método DPPH do extrato etanólico dos galhos de Jatropha Mollissima (Pohl) Baill. (pinhão-bravo), coletados em Tauá, Ceará, e Phytochemical Study and Antioxidant Activity of Anacardium Occidentale L. and Myracrodruon Urundeuva Allemão.

Nos anos de 2020 a 2022, Ana Raquel publicou cinco capítulos de livros intitulados: Value aggregation to Guazuma ulmifolia Lam. of the Cariri Region, Ceará, Phenolic composition and antioxidant potential, Propriedades química e antioxidante do extrato etanólico da casca do caule de ximenia americana linnaeus, gastronomia japonesa: cozinha regional de Tóquio, análise fitoquímica e estrutural da mucilagem de aloe barbadensis miller, análise fitoquímica e estrutural da mucilagem de aloe barbadensis miller, e agregação de valor a planta da região do litoral, ouratea fieldingiana (gardner) engl.): análise química e antioxidantes.

Raquel tem experiência em cromatografia de alta eficiência (CLAE), no isolamento de produtos naturais, bem como sua quantificação. Além disso, coordenadora de cursos de especialização a distância pela Faculdade Unyleya em diversas áreas do conhecimento. Em 2016, ingressou no IFCE como técnica de laboratório em Química, hoje fazendo parte do campus de Maranguape.

“O edital (do prêmio Anas) comtemplou não só as atividades acadêmicas, mas também nossa vida no ordinário. Como nem tudo é trabalho, em plena pandemia, em junho de 2020 (depois de 4 anos de espera) adotei um bebê de 2 meses de idade (José Davi) e, em 2022, depois de 16 anos de espera, engravidei de uma menina (Ana Cecilia). Em menos de dois anos completos minha vida deu uma reviravolta de 180 graus. Deus me deu a graça de poder cuidar de dois bebês quase ao mesmo tempo e, no ano passado, descobri que o José Davi tem autismo. Grande desafio, mas também grande graça. Eles me ensinam a ser melhor todos os dias”, disse a servidora.

Benigna Soares: buscando sempre novas conquistas

Já a professora Benigna Soares levou ao prêmio Anas algumas das pesquisas já realizadas por ela e contempladas com bolsas PIBIC ou PIBIC Jr - algumas já concluídas e outras em execução, a exemplo de dois projetos sobre o discurso de críticas teatrais escritas durante a Ditadura Militar, outro sobre as personagens infantis de Clarice Lispector, um sobre a Semana de Arte Moderna de 1922 e, mais recentemente, mais um trabalho sobre topônimos em Libras.

Além disso, Benigna incluiu o projeto “Se eles têm três carros, eu posso voar: jogos educativos manuais para crianças e adolescentes com deficiência”, contemplado pelo Edital Mentoria Acreditar, do IFCE, que buscou tornar mais acessível a aprendizagem de conteúdos propedêuticos e, também, o desenvolvimento de habilidades cognitivas, sociais, emocionais e motoras de crianças e adolescentes com deficiência intelectual residentes no eixo denominado Sertão de Canindé (Caridade, Itatira, Boa Viagem, Paramoti, Madalena e Canindé).

por fim, Benigna ressaltou que, em 2022, participou, como Pesquisadora Regional, do Programa Clusters de Inovação Tecnológica, iniciativa do Governo do Estado do Ceará em parceria com a SEDET, FUNCAP e SECITECE, no qual teve a oportunidade de orientar uma startup idealizada por três estudantes do curso de Pedagogia do IFCE campus Canindé, que, no final do ciclo, figuraram entre as 10 melhores do Estado.

“Gostaria de agradecer ao IFCE pela oportunidade de divulgar esses trabalhos e, em especial, ao campus Maranguape por valorizar a nossa participação no prêmio”, disse Benigna.

Fica a nossa torcida para que as duas representantes do campus Maranguape possam ir cada vez mais longe, bem como todas as demais participantes do prêmio, entre servidoras e alunas.