Quadro de servidores do campus recebe novos doutores

O quadro de servidores do campus de Crato do IFCE recebeu em 2017 cinco novos doutores em Zootecnia, frutos de uma parceria interinstitucional com a Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais. A parceria é parte do incentivo à qualificação de docentes e servidores técnico-administrativos do campus, que conta com outras ações semelhantes, como o Mestrado em Educação Agrícola da UFRRJ.

Francisco Messias Alves Filho, coordenador da graduação em Zootecnia, Expedito Danúsio Souza, coordenador de pesquisa do campus, e os professores Francisca Giselle da Cruz e Antônio Robson Bezerra Xenofonte, além da zootecnista do campus, Cláudia Luiza Paes Barreto Villaça, defenderam suas teses no Programa de Pós-Graduação em Zootecnia da UFV. As teses são resultados de pesquisas nas áreas de piscicultura, suinocultura e avicultura.

No IFCE, o responsável por coordenar as ações da parceria foi o professor Erllens Eder Silva. Ele explica que o incentivo à qualificação dos servidores influencia o ensino, a pesquisa e as atividades de extensão da instituição: "A importância de fazer um doutorado incide principalmente no ensino, porque eles aprenderam informações mais técnicas voltadas à Zootecnia, devido ao quadro de qualificação da UFV. Também se inserem na pesquisa, porque hoje a exigência nossa não parte simplesmente do ensino, mas parte da pesquisa e da extensão. Eles passaram a aprender mais tecnologias voltadas para a experimentação e a atuação no campo".

Para o professor Expedito Danúsio, a qualificação é uma oportunidade de crescer profissionalmente: "A continuação da qualificação é uma necessidade para o crescimento profissional e também uma forma de cumprir as exigências de alguns editais de pesquisa que exigem a titulação. Outro ponto é a contribuição com o crescimento do curso de Zootecnia do nosso campus, elevando a sua pontuação e melhorando a qualidade do ensino".

A parceria interinstitucional permite que os servidores possam se qualificar sem interromper o andamento das aulas, diminuindo também o período de afastamento dos doutorandos. As disciplinas foram condensadas durante semanas de aula, ministradas no campus de Crato. "Todos ganham nesse sentido", afirma Danúsio.

Mais qualificação
Outros servidores do campus também tornaram-se doutores em 2017, em áreas além da Zootecnia. O professor Cícero Félix de Oliveira defendeu o Doutorado em Estatística na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e o professor Yuri Lacerda é doutor em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). No momento, outros docentes e técnico-administrativos também estão afastados para qualificação.

Mestrado
Outra parceria, dessa vez com a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), está formando trinta servidores do IFCE como mestres em Educação Agrícola. As aulas ocorrem também em semanas de formação no campus de Crato e na UFRRJ. A turma é formada por professores e técnicos administrativos dos campi de Crato, Juazeiro do Norte, Iguatu, Fortaleza e Umirim.

A pedagoga Alaíde Régia Sena, servidora no Crato, pesquisa quintais produtivos como elementos de educação contextualizada para a convivência com o semiárido. Para a pedagoga, um dos pontos positivos da qualificação é a possibilidade de integrar a pesquisa com o cotidiano de trabalho: "É um incentivo que considero excelente. É um mestrado acadêmico, voltado não só para a nossa formação como profissionais, mas também para dar a possibilidade de retorno para a instituição. A perspectiva é que tenha algo concreto, para que consigamos realizar muitas coisas a partir das nossas pesquisas e dos nossos trabalhos".