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Pesquisa sobre reflorestamento do Sítio Fundão é retomada

MEIO AMBIENTE

última modificação: 30/09/2020 09h09
Exibir carrossel de imagens Foto: Gauberto Barros Equipe avaliou avanço de área reflorestada

Equipe avaliou avanço de área reflorestada

Pesquisadores do campus de Crato do IFCE retomaram, em setembro, uma pesquisa sobre o reflorestamento de parte de área queimada no Parque Estadual Sítio Fundão, após autorização da gestão da unidade. A pesquisa havia sido interrompida no início do ano, pela pandemia do novo coronavírus, que obrigou o fechamento do parque. Após um ano e seis meses da implantação do estudo, a área reflorestada foi novamente avaliada. 

O incêndio no Sítio Fundão ocorreu em novembro de 2018 e atingiu 53.500 m² (5,35 hectares), provocando a destruição das ruínas do engenho que ficava no local e causando uma perturbação significativa na área de floresta. Cerca de quatro meses depois, em março de 2019, os professores Gauberto Barros e João Alberto Abreu, do IFCE, iniciaram uma pesquisa em parte da área perturbada pelo fogo para acompanhar o processo de recuperação ao longo de dois anos. A ação foi autorizada pela gestão do parque e pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente.

A pesquisa tem como objetivo avaliar a recuperação da área a partir de diferentes tratamentos: plantio de mudas nativas, lançamento de "bombas de sementes" e recuperação natural da vegetação. Para isso, foi demarcada uma área de 2.700 m² para monitoramento. 

Segundo o professor Gauberto Barros, a recente avaliação mostrou resultados positivos do reflorestamento: "Resultados parciais já apontam uma excelente recuperação da área que foi afetada pelo fogo, evidenciando resultado positivo nos tratamentos em que foram plantadas as mudas nativas e nos que foram lançadas as bombas de sementes. A recuperação natural das áreas mostrou-se também bastante expressiva, demonstrando a resiliência da natureza quando o homem não interfere negativamente".

Além do IFCE e do Parque Estadual Sítio Fundão, são parceiros na iniciativa: um grupo de escoteiros, o PREVINA (Programa de Prevenção, Monitoramento, Controle de Queimadas e Combate aos Incêndios Florestais); a UPAMA (União Protetora os Animais e Meio Ambiente); a SAAEC (Sociedade Anônima de Água e Esgoto do Crato) e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Territorial, que doou as mudas que foram plantadas na área.