Parceria lança app para produtores de tilápia

Uma parceria entre os cursos de Zootecnia e Sistemas de Informação (SI) do campus do Crato anda rendendo bons frutos. Eles acabaram de lançar o SISMANT, um aplicativo para ajudar produtores de tilápia a medir a quantidade de ração utilizada. O sistema automatiza o cálculo de ração de acordo com o peso atual da produção de tilápia e permite que o produtor acompanhe as biometrias da produção.

Coordenado pelos professores Messias Alves, da Zootecnia, e Talles Brito, de SI, o projeto contou com a participação de estudantes de ambos os cursos. A equipe trabalhou durante um ano no SISMANT, que foi lançado em junho.

Segundo Alves, o sistema facilita a rotina do produtor ao automatizar os cálculos, que são complicados. A ideia para o aplicativo surgiu da experiência do professor em campo. "A gente observava, durante as pesquisas, os trabalhos de extensão, as visitas técnicas, que os produtores gastavam um bom tempo anotando os dados da produção. Com isso, nós tivemos a ideia de desenvolver um programa que pudesse acompanhar essa produção. O produtor faz a biometria, que é a pesagem dos peixes, e registra no programa, que faz os cálculos de quanto eles vão precisar de ração para aquele determinado período".

Estudante de SI, Afonso Henrique Calábria trabalhou principalmente na parte gráfica do projeto, como logos, cores e o site de apresentação. Ele aprovou o desafio: "A iniciativa foi excelente, trabalhar em equipe e em um projeto real e relativamente inovador era e é o que nos motiva."

O sistema também armazena o histórico de cálculos de biometria e disponibiliza uma curva de crescimento que quantifica o ganho de peso da produção. Ainda na fase de avaliação, o programa já está disponível para usuários Android e pode ser acessado também em qualquer navegador web. O endereço é: sismant.crato.ifce.edu.br.

Integração
A iniciativa é uma maneira de integrar dois cursos de áreas bastante diferentes. Brito explica que, durante seis meses, em 2015, a equipe se reuniu para debater as demandas da produção de tilápia e entender de que forma os conhecimentos de Sistemas de Informação poderiam ajudar os produtores, para decidir como o sistema deveria ser projetado. Foi durante esse período que eles ultrapassaram uma barreira importante: a linguagem técnica. Cada um acabou aprendendo sobre os termos técnicos e os conceitos utilizados na outra área. Segundo Calábria, o início do processo "foi um pouco engraçado e desafiador", justamente por precisar entender um pouco mais sobre a Zootecnia, algo novo para os estudantes de SI.

Os seis meses seguintes foram de construção do SISMANT. "O aluno da Zootecnia entra com a parte da produção e o de Sistemas busca ferramentas dentro da informática para desenvolver o aplicativo", afirma Alves.

A parceria já tem novos projetos e deve continuar incentivando o trabalho em conjunto e o intercâmbio de conhecimento entre os cursos. Para Brito, é uma oportunidade de utilizar a informática para encontrar soluções: "Quando as pessoas trazem os problemas para nós, percebem que podem ser resolvidos com computação, nós conseguimos criar um diálogo e uma forma de desenvolver sistemas que resolvam esses problemas".