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Grupo de estudos em robótica atrai estudantes
Desenvolver robôs autônomos, que cumprem determinadas tarefas por meio de programação de sensores e com a menor interferência humana possível: esse desafio atraiu estudantes de Agropecuária e Zootecnia, Informática e Sistemas de Informação; áreas distintas, mas que trabalham em conjunto e com o mesmo objetivo no Grupo de Estudos em Robótica e Olimpíadas Livres do campus de Crato do IFCE, o GEROL.
Com quase trinta integrantes, o grupo já tem mais de dois anos de atuação e foi criado a pedido dos próprios estudantes, como conta o professor Camilo Silva, coordenador da iniciativa: "O grupo surgiu do interesse dos alunos que já trabalhavam com iniciação científica, iniciação científica júnior e os alunos bolsistas de PROAPP. Eu tinha orientandos das diversas áreas que a gente tem no campus, e eles me perguntavam como a gente podia trabalhar todo mundo junto, desenvolvendo uma mesma coisa ou todo mundo em um projeto maior". Dessa forma, o grupo promove a integração entre os estudantes e entre os cursos ofertados pelo campus.
Segundo Camilo, as atividades fomentam o protagonismo juvenil entre os alunos. Os benefícios do trabalho vão além da formação acadêmica e tecnológica: "Eles trabalham de uma maneira em que cada um, quando está desenvolvendo seu robô, ajuda também a outra equipe. É uma das funções da cognição e aprendizagem que a gente pode desenvolver junto com as atividades de robótica".
O objetivo do grupo é também estimular e preparar os estudantes para olimpíadas práticas e teóricas na área. Atualmente, eles formam equipes que desenvolvem robôs ligados à sustentabilidade para a fase regional do Torneio Brasileiro de Robótica, que deve ocorrer no segundo semestre de 2017, em Juazeiro do Norte. A competição determina os convocados para a Olimpíada Mundial de Robótica (WRO), cuja fase final ocorre na Costa Rica.
Foi justamente o desafio de criar robôs autônomos que motivou o estudante Paulo Tavares, de Sistemas de Informação: "Gosto principalmente da parte de programar e de fazer esses robozinhos pensarem. Quero fazer esses robôs aprenderem a fazer coisas". Já Juliano Alves, do curso de Zootecnia, quer aplicar na área que estuda os conhecimentos aprendidos com o grupo: "Resolvi participar do grupo para tentar me adequar às atualidades que hoje a gente encontra no mercado, de sistemas automatizados, e entender um pouco mais desses sistemas para tentar aplicá-los na minha área".
Criar desde cedo nos estudantes algumas habilidades que hoje são desejadas pelo mercado de trabalho é outro objetivo do GEROL, segundo o professor Camilo. Ele explica que montadoras de automóveis que já trabalham com robótica e veículos autônomos buscam nos participantes de olimpíadas, que estão envolvidos desde cedo com a temática, seus futuros funcionários.
As reuniões do GEROL estão abertas a todos os alunos interessados e ocorrem na sala dos professores, nas quintas e sextas-feiras à tarde.