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Geossítios do Cariri recebem o Ecomapss
HISTÓRIA E TECNOLOGIA
Visitantes terão acesso a informações sobre pontos históricos
Visitantes dos geossítios Pontal de Santa Cruz e Pedra Cariri, em Santana do Cariri, e Ponte de Pedra, em Nova Olinda, já podem ter acesso ao Ecomapss, aplicativo de mapeamento ambiental criado por professores e estudantes do campus de Crato do Instituto Federal do Ceará. O projeto foi implantado nesta quarta-feira (26), graças a uma parceria com o Geopark Araripe, que é ligado à Universidade Regional do Cariri e reconhecido pela Unesco.
"São sete pontos mapeados, inicialmente somente os pontos históricos. A proposta é implantar em todos os geossítios", explica o professor João Alberto Abreu, um dos coordenadores do projeto. Segundo ele, o Ecomapss trará informações gerais sobre a fauna e a flora dos sítios e também outras curiosidades: "No Pontal, por exemplo, tratamos da parte histórica. Dentro desse geossítio, há uma mística muito grande relacionada a algumas lendas, e essas informações estão no aplicativo".
Para o diretor executivo do Geopark Araripe, Nivaldo Soares, a tecnologia é uma ferramenta importante para atrair visitantes e garantir a eles uma boa experiência: "Tem sido uma parceria muito proveitosa com o IFCE, que dá apoio para possibilitar aos visitantes dos nossos gessítios uma leitura mais aprofundada sobre diversos elementos que o território oferece. A ideia é que cada vez mais a gente disponha de meios que possam favorecer a vinda de turistas".
No total, nove geossítios estão espalhados por seis cidades do Cariri cearense. São eles: Colina do Horto, em Juazeiro do Norte; Cachoeira de Missão Velha e Floresta Petrificada do Cariri, no município de Missão Velha; Pedra Cariri, Parque dos Pterossauros, Pontal de Santa Cruz, em Santana do Cariri; Batateira, em Crato; Riacho do Meio, em Barbalha e Ponte de Pedra, em Nova Olinda.
Ecomapss
Com a implantação do Ecomapss no Pontal de Santa Cruz, na Pedra Cariri e na Ponte de Pedra, chega a sete o número de locais no Ceará que contam com o projeto. Além dos geossítios, visitantes das unidades de conservação do Parque do Cocó e da ARIE Sítio Curió, em Fortaleza, do Parque Estadual Sítio Fundão, no Crato, e da ARIE das Águas Emendadas, em Tauá, também podem ter acesso ao aplicativo que, em breve, será implantado no Parque Botânico, em Caucaia. A expansão nas unidades de conservação é realizada em parceria com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente.
O Ecomapss armazena informações sobre fauna, flora e outros pontos de interesse dos lugares onde está implantado. Cada um dos pontos mapeados pela equipe do projeto recebe uma placa de identificação com um código QR, que dá acesso aos dados. Para isso, basta o usuário fazer o download gratuito do aplicativo e apontar a câmera do smartphone para o código. As placas também contam com informações em braile e sonorização de libras.
Além de informar os visitantes, o app pode ser utilizado em aulas de campo e servir como fonte de pesquisa. O objetivo, segundo os professores responsáveis pelo projeto, é despertar para a importância do aprendizado sobre a diversidade da flora nativa e apoiar projetos de educação ambiental, unindo meio ambiente e tecnologia.