Equipe é bronze na Olimpíada Brasileira de Agropecuária

A Agropec_IFCE, equipe formada pelos estudantes Gabriel Guerreiro, Maria Eduarda Torezan e Raíssa Rodrigues, foi medalha de bronze na edição 2023 da Olimpíada Brasileira de Agropecuária, disputada de 7 a 10 de setembro em Planaltina (DF). Eles ficaram na décima quinta colocação entre as cinquenta equipes que disputaram a fase final da competição e foram a única equipe do Norte e Nordeste premiada na OBAP.

Essa foi a primeira equipe do campus a participar da fase presencial. O professor Abner Girão, orientador da equipe, destaca que Gabriel, Maria Eduarda e Raíssa, que ainda estão no segundo ano do ensino médio, precisaram correr atrás do conteúdo: "É muito gratificante ver um grupo do segundo ano alcançar esse mérito, tendo em vista a magnitude do evento e o conhecimento teórico necessário, que vai até o terceiro ano. Isso mostra que estamos no caminho certo na contextualização do aprendizado na parte de Agropecuária".

Para compensar o conteúdo teórico que eles ainda não viram na sala de aula e treinar para a prova prática, a equipe buscou parceiros dentro e fora da instituição. Além do professor Abner, a preparação contou com o apoio do professor Luís Clodoaldo Alves Lopes, em topografia; da professora Gabriela Liberalino Lima, em inseminação artificial; e do técnico da Embrapa Gildo Pereira, em mecanização agrícola. O caminho até a fase final contou também com a participação do professor Gauberto Barros.

Para os estudantes, a oportunidade de participar da competição representa uma experiência única no percurso de aprendizado na Agropecuária. "Foi uma experiência muito boa, porque independente do resultado, de ganhar medalha ou não, a gente foi pra lá, aprendeu muito, estudou e se dedicou demais. Teve uma união da equipe. Foi uma primeira experiência para aprender a lidar com a gente mesmo e com o nervosismo ali na hora", conta Eduarda.

Já Gabriel destaca o orgulho de representar a região: "Tivemos uma oportunidade incrível de conhecer pessoas de diversas regiões do Brasil e de representar o Nordeste e o nosso campus, principalmente. Foi uma participação muito importante porque a gente chega lá, no cenário nacional, e só vê equipes do Sul e do Sudeste. O Norte e Nordeste não têm muita representatividade, e a gente pode estar lá em cima do palco, recebendo a medalha e representando a nossa região e o nosso Ceará".

Nona colocada entre os 150 participantes no desempenho individual, Raíssa ressalta também a visibilidade e o incentivo para os estudantes do campus: "Foi muito importante pela representatividade, porque só foram seis equipes do Nordeste e nós fomos os únicos a ganhar medalha. Essa representatividade traz uma visibilidade bem maior. Até o pessoal do primeiro ano, que está entrando agora e conhecendo a Olimpíada, já vi muita gente que se interessou em participar também". 

O professor Abner concorda. Para ele, esse pode ser um incentivo para alavancar a participação de estudantes do campus em competições do tipo: "Eu acredito que o fato de a equipe ter ganhado o prêmio ativa vários gatilhos nos demais alunos. A partir dessa visibilidade a gente já percebe nos corredores o interesse de mais alunos quererem participar e se projetarem na perspectiva de olimpíadas, não somente na parte de Agropecuária, mas nas demais. Isso é louvável do ponto de vista de aprendizado".

Para chegar a fase presencial da Olimpíada Brasileira de Agropecuária, a Agropec_IFCE teve um desempenho melhor do que mais de 1.300 equipes na fase online da competição. Agora, a meta de Gabriel, Maria Eduarda e Raíssa é conseguir a medalha de ouro em 2024: "A gente esperava uma boa colocação, mesmo com toda a dificuldade e o nervosismo. Ano que vem a meta é participar novamente e atingir uma colocação ainda melhor", conta Gabriel.