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Curso incentiva produtor rural a investir na hidroponia

EXTENSÃO

Família de Lindemberg Silva já produz e comercializa alface hidropônica
última modificação: 09/08/2019 08h37
Foto: arquivo pessoal Lindemberg, Hosana, Dona Leda e Luiz Jacinto produzem verduras hidropônicas em casa

Lindemberg, Hosana, Dona Leda e Luiz Jacinto produzem verduras hidropônicas em casa

Agricultor familiar em Porteiras, município a cerca de 70 quilômetros do Crato, Lindemberg Silva viu na hidroponia a oportunidade para aumentar a produção. Com uma propriedade pequena, de apenas uma tarefa (cerca de um terço de um hectare), ele conheceu de perto essa forma de cultivo em um curso de extensão realizado pelo campus de Crato do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará.

Lindemberg, que já havia se formado como técnico em Agropecuária na instituição em 2008, foi aluno da primeira turma do curso de cultivo hidropônico, ministrado pelo professor Cley Anderson Freitas no primeiro semestre de 2019. Segundo ele, a hidroponia, que utiliza apenas água e nutrientes para o cultivo de verduras e legumes, adaptou-se às necessidades e às características da propriedade da família: "A nossa propriedade é muito pequena e nossa fonte de água também é pouca. Eu sempre acompanho a página do instituto no Facebook e quando eu vi a divulgação do edital do curso de hidroponia, já imaginei que seria uma coisa que se encaixaria aqui na nossa condição, com pouca terra e pouca água. E a gente tem que ter nossa fonte de renda".

Após o fim da formação, ele, os pais Luiz Jacinto e Dona Leda, e a esposa Maria Hosana montaram uma bancada e já produzem e comercializam alface hidropônica. São 150 pés de alface produzidos a cada ciclo, e a família já testa o plantio de outras verduras pelo sistema, como coentro, rúcula e couve. "Algumas pessoas vêm comprar aqui em casa e nós levamos para os verdurões, para venderem por lá", conta Lindemberg.

Segundo ele, a produção ainda é pequena, mas a família, satisfeita com os resultados, já planeja a expansão: "É uma coisa muito pequena ainda, mas a aceitação é muito positiva das pessoas. A gente já imagina, daqui a uns dois ou três meses, ampliar a estrutura, quando a gente estiver mais seguro de como fazer a produção". A produção também é para consumo próprio, o que melhorou o acesso a alimentos mais saudáveis e produzidos sem o uso de agrotóxicos.

Responsável pelo curso, o professor Cley Anderson Freitas explica que a formação é fruto de uma pesquisa prática na área. Para ele, essa é a concretização de uma missão: "Saber que o nosso estudante, com o conhecimento adquirido com o curso, já está produzindo, me deixa muito feliz, porque nós do Instituto Federal temos essa missão: transmitir o conhecimento para a sociedade".