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Campus recebe seminário sobre exploração da macaúba e do babaçu
Nesta quarta-feira (08), o campus do IFCE no Crato foi palco de um seminário sobre a exploração da macaúba e do babaçu no Nordeste brasileiro. O evento reuniu representantes da Embrapa Agroenergia, da Secretaria Especial da Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário do Governo Federal (SEAD), da Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Ceará, do Instituto Agropolos, da Ematerce, do Projeto São José e do IFCE, além de contar com a presença de extrativistas da região.
Consultor da coordenadoria de energias renováveis da SEAD, Haroldo Oliveira explica que o seminário faz parte de uma parceria que busca levar informações aos extrativistas que trabalham com as plantas: "O evento é um desdobramento de um trabalho já existente de parceria entre essas instituições na promoção da cadeia produtiva da macaúba e do babaçu. O objetivo é divulgar as ações e as políticas públicas já existentes para que a macaúba possa se tornar mais uma fonte de renda para o agricultor familiar".
A macaúba é uma palmeira que pode ser aproveitada do fruto à madeira, em diversas áreas. É o que explica o professor Gauberto Barros, responsável por organizar o evento no Instituto: "Nos últimos anos, a macaúba vem ganhando muita importância no cenário nacional, principalmente no mercado de biocombustível. Também tem uma utilização muito grande na culinária, na área medicinal e na área de cosméticos".
O evento organizado pela parceria interinstitucional segue até sexta-feira (10), com um curso sobre o plantio da macaúba. De acordo com o consultor da SEAD, a macaúba é promissora para o plantio, e as instituições trabalham na sua domesticação.
Pesquisas
Segundo o professor Gauberto, a macaúba também faz parte das pesquisas desenvolvidas no campus: "O IFCE está desenvolvendo trabalhos no intuito de descobrir as potencialidades dessa cultura também no aproveitamento na ração de animais". No semestre passado, o professor, que dá aulas no curso de Zootecnia, orientou o trabalho de conclusão de curso de Patrícia Isabela Leite, que pesquisou a inclusão do mesocarpo da macaúba na alimentação de frangos de corte, substituindo o milho. "Aqui na região, tem um percentual muito grande da macaúba. Com essa inclusão, a gente visa a baratear os custos para o produtor. Através desse trabalho, a gente mostra que é possível dar uma alimentação balanceada, valorizando as espécies da região", conta Patrícia.
Já a estudante Joana Angélica, que está em fase de conclusão do curso de Zootecnia e é orientada pelo professor Marcus Góes, pesquisa a inclusão dos óleos de macaúba e de pequi, outra espécie nativa da região, na alimentação de vacas leiteiras. Apesar de o trabalho ainda estar em andamento, Joana conta que já há resultados satisfatórios na produção do leite.
Quem quiser saber mais sobre essas pesquisas pode conferir dois vídeos gravados sobre elas na página do campus no facebook.
Por Alissa Carvalho - campus de Crato