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Produção de flores:artigo avalia uso de agrotóxicos

O trabalho será apresentado no Congresso Nacional de Educação Ambiental
última modificação: 09/03/2016 11h56
Foto:Sheyla Graziela Autoras do artigo

Autoras do artigo

Fruto da pesquisa desenvolvida durante a disciplina de “Ecossistemas”, as estudantes do curso de Bacharelado em Engenharia Ambiental, Yanka Nogueira, Priscilla Barbosa, Ana Beatriz Batista e Monique Albuquerque tiveram o artigo “Avaliação do uso de agrotóxicos e métodos alternativos na produção de flores de Crato-CE” aprovado para o IV Congresso Nacional de Educação Ambiental e VI Encontro Nordestino de Biogeografia, promovidos pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), de 20 a 23 de abril.

O trabalho foi orientado pela professora Girlaine Alencar. Ela conta que desde 2005 desenvolve pesquisas relacionadas à floricultura, observando questões socioambientais.”Os resultados desta pesquisa foram surpreendentes em relação às coletas que eu já tinha feito nos anos anteriores no mestrado e doutorado”, destaca.

Ana Beatriz explica que foi possível perceber uma diminuição da produção das flores e também do uso de agrotóxicos, os quais foram substituídos por métodos alternativos. ”Esses geralmente não fazem mal ao meio ambiente”, diz.

Monique relata que o fermento de pão, o sabão em pó, o detergente natural e a borra de café são utilizados como métodos naturais em substituição aos agrotóxicos. "Esses métodos foram sendo testados e foi dando certo, a aplicação já era comum na cultura popular, os mais velhos já usavam", completa Yanka.

De acordo com a discente Ana Beatriz, os produtores ainda usam agrotóxicos, e geralmente optam por produtos inadequados para as flores. Ela ressalta que na pesquisa foi possível verificar a relação entre o nível de escolaridade e de consciência ambiental.

Priscila acrescenta que a produção de flores não é mais utilizada como meio de subsistência, mas como um hobby, geralmente é uma tarefa desenvolvida por pessoas aposentadas. "Hoje em dia as flores são menos comercializadas porque as pessoas procuram flores que vêm de outras cidades ou flores artificiais", diz.

Girlaine explica que muitos produtores deixaram de usar agrotóxicos porque o consumo de flores diminuiu, então o custo alto dos agrotóxicos fez essa aplicação não valer a pena.”De todo jeito saímos lucrando, pois estamos comprando flores com menos veneno”, conclui.