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Artefatos da Cultura Negra aconteceu no campus de Juazeiro

A programação de 23 a 28 foi realizada no IFCE, Urca e UFCA
última modificação: 01/10/2019 12h10
Foto: Maria Dias

A décima edição do Artefatos da Cultura Negra aconteceu nos dias 25 e 26 no campus de Juazeiro. Durante a abertura, o diretor-geral do campus de Juazeiro, professor Guilherme Brito de Lacerda, destacou a importância da luta por uma educação antirracista, igualitária, para que se construa uma sociedade mais justa.

A professora da Urca, Cícera Nunes, idealizadora do evento no Cariri, salientou que este ano a organização do projeto teve 500 pessoas envolvidas. “Ao longo desses 10 anos a gente construiu um programa de formação que entende que o universo acadêmico é insuficiente pra dar conta do enfrentamento do racismo, essa é uma articulação importante no processo de construção do Artefatos, estão presentes o movimento social, o povo quilombola, o povo de terreiro, os grupos de tradição nessa construção, entendendo a importância do conhecimento que se faz fora do ambiente acadêmico nesse processo de formação." Ela lembra que o novo formato é itinerante e até chegar à programação concentrada o evento percorre várias localidades com cinema africano, atividades de formação, atividades culturais, e também recebe o conhecimento dessas comunidades.

A coordenadora do Núcleo de Estudos Afrobrasileiros e Indígenas (NEABI), campus de Juazeiro, professora Ana Paula dos Santos falou sobre a honra de participar e contribuir com esse evento que é também propositivo pois aponta os caminhos de combate ao racismo, pois para enfrenta-lo “é importante percebermos como o racismo está desenhado nessa estrutura social na qual vivemos”.

O encerramento do evento foi com o filme "Pelo Malo" seguido de debate, com a mediação da professora Dawn Duke (Universidade do Tenesse). Estiveram presentes estudantes, professores do campus e visitantes, como o professor Dr. Henrique Cunha (idealizador do Congresso e homenageado desta edição), professora Lesley Feracho (da Universidade da Geórgia) e professora Loneka Battisti (Universidade do Tenesse). O evento contou também com a apresentação cultural da banda Nazirê.