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Pesquisa leva 1º lugar em congresso de licenciatura de Biologia
JAGUARIBE
A professora Luciana de Freitas Patriota Gouveia e o aluno da Licenciatura em Ciências Biológicas do IFCE Campus Jaguaribe Leonardo Souza de Andrade foram premiados em primeiro lugar no 4º Congresso de Licenciatura em Biologia (4º CLicBio) com apresentação de pesquisa científica. O trabalho intitulado APRENDIZADO ALÉM DAS ALGAS: RECONHECIMENTO DO AMBIENTE COSTEIRO E DA COMUNIDADE LOCAL foi o vencedor na modalidade de apresentação Pôster. O evento promovido pelo Centro de Biociências da Universidade Federal de Pernambuco é referência na área. Este ano aconteceu nos dias 21 e 22 de novembro e teve como tema A diversidade étnico-racial no ensino de biologia: desafios para a formação e a prática docente.
Segundo o aluno Leonardo de Andrade, o trabalho foi desenvolvido por toda a turma do 3º semestre da disciplina de Botânica em Criptógamas; “Com a visita de campo, os alunos deveriam ser capazes de observar populações de algas marinhas, in situ, sua distribuição e associações ecológicas, além de aprender técnicas de coleta e conservação de algas bentônicas. Para além da biologia das algas, os alunos foram estimulados a interagir com a comunidade local.”, descreve.
ECOSSISTEMA E PROJETO SOCIAL
A pesquisa realizada pelos alunos, foi desenvolvida no município de Icapuí, a 195 km de Fortaleza, com destaque para as praias de Ponta Grossa e Barrinha que, mesmo com o avanço do mar, ainda é abrigo para uma comunidade de pescadores, destaca Leonardo de Andrade. “Nós conhecemos o projeto ‘mulheres de corpo e alga’, que apoia a comunidade local que sobrevive basicamente das algas. Percebemos o reconhecimento da comunidade quanto ao ecossistema e a importância das algas, tanto a importância socioeconômica quanto a importância de preservação e convivência com o ecossistema local.”, afirma o aluno do curso de Biologia do IFCE Jaguaribe.
Leonardo de Andrade destaca a biodiversidade do local, onde há inclusive a presença de manguezais, reconhecido pela literatura científica como um dos ecossistemas mais ricos do planeta, sendo bem preservado com o apoio da mesma comunidade. “Nós tivemos a oportunidade de comprar alguns dos trabalhos que são produzidos pelo projeto social de forma sustentável. Realmente foi um trabalho de campo bem rico e produtivo, onde pudemos ter contato com a importância das algas na vida destas pessoas”, ressalta.
IMPORTÂNCIA DE AULAS DE CAMPO
A orientadora de Leonardo, a professora Luciana Patriota, ressalta a temática do Congresso sobre a diversidade étnico-racial no ensino de biologia, o que converge com o congresso recém-realizado no IFCE pelos NEABIs. “Infelizmente não poderíamos escrever com todo mundo. Como o Leonardo é meu orientando, o convidei para escrevermos a quatro mãos, representando assim toda a turma que produziu o trabalho, que foi avaliado antes, durante e depois, resultando em uma cartilha digital e nas exsicatas de algas”, explica.
Luciana reforça a importância das aulas de campo, o que gera frutos na formação, aprendizado e vivência dos alunos, sendo muitas vezes necessárias em áreas onde a pesquisa científica experimental e de observação seja basilar na produção de conhecimento. “Eu gostaria de agradecer ao IFCE e principalmente a Luciana pela oportunidade de realizarmos a pesquisa. De estar lutando pela educação e pela ciência, o que é tão difícil nesse país. É algo realmente que nos foi muito enriquecedor. Eu sou muito grato por isso tudo”, complementa Leonardo.
O Link para a página do Congresso é https://clicbio.wixsite.com/4clicbio