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Um mergulho na qualidade de vida

EXTENSÃO

Projeto Nadando em Saúde completa quatro anos de atividade no campus de Canindé
última modificação: 21/06/2017 13h18

Já diz o mantra moderno: “inspira, respira, não pira”. A frase que estampa camisas, quadros e até legendas em redes sociais não é novidade no campus de Canindé do IFCE; pelo contrário, é um lema que completa quatro anos de existência e de prática na piscina da unidade em 2017.

Desde o segundo semestre de 2013, quando teve início o projeto de extensão Nadando em Saúde, cerca de 400 pessoas inspiraram, respiraram, boiaram e sincronizaram batidas de mãos e pernas no exercício orientado da natação. Destas, 25% compunham a comunidade externa ao campus.

De acordo com a professora Thaidys Monte, idealizadora do Nadando em Saúde, o projeto surgiu para que a comunidade tivesse acesso à piscina e às aulas de natação e, assim, pudesse melhorar a qualidade de vida pela prática de uma atividade física acompanhada por profissionais e estudantes da Licenciatura em Educação Física do campus de Canindé.

“Procuramos com esse projeto proporcionar a prática da natação, ensinar as pessoas a nadar e criarem um hábito saudável através da prática de uma atividade que proporciona melhorias tanto no âmbito motor, quanto nos âmbitos sociais e cognitivos”, explica a docente.

Segundo a professora, muitas pessoas contempladas pelo projeto ao longo de seus quatro anos de atuação escolheram a natação por recomendação médica. Por ser praticada na água, a atividade diminui o impacto nas articulações e melhora a capacidade cardiorrespiratória. “A curto prazo os benefícios são a aprendizagem motora dos nados e a melhoria da resistência aeróbica. A longo prazo são melhoria da flexibilidade, da postura, da coordenação motora e do condicionamento físico”, detalha Thaidys. 

PARTICIPAÇÃO ESTUDANTIL

O projeto Nadando em Saúde já teve cerca de 25 estudantes da Licenciatura em Educação Física como monitores voluntários. No segundo semestre de 2016, uma novidade trouxe novo fôlego para a iniciativa com a chegada de uma bolsista remunerada pelo Programa de Auxílio-Formação.

Após um ano de atividades, Alexandra Matos afirma que pretende permanecer no projeto, que conheceu ainda no início da graduação, mesmo como voluntária. Para ela, o Nadando em Saúde contribuiu para uma formação profissional mais humanizada. “O projeto me mostrou que uma pessoa pode praticar exercícios físicos normalmente mesmo tendo alguma deficiência”, reflete a aluna, que já deu aulas a pessoas com epilepsia, deficiência visual e física. “O que muda é a minha maneira de lidar com aquela pessoa. Eu tenho que moldar a minha forma de dar aula aos alunos, sem distinções ou exclusão, e não eles se moldarem a mim. ”

Na condição de professora da graduação e docente orientadora na bolsa, Thaidys Monte destaca a evolução de Alexandra enquanto bolsista. “Percebi o crescimento e o amadurecimento dela em relação ao seu processo formativo pedagógico. Como professora, eu vejo que todos os monitores crescem com a participação no projeto. Eles possuem autonomia para elaborar as aulas, planejar as atividades, além de termos um grupo muito unido que se apoia e assim proporciona uma formação contínua e partilhada que vai fazer diferença na vida deles”, comenta a docente.

 Alexandra compartilha do sentimento e afirma que a experiência “trouxe responsabilidades e isso me move. Preciso e gosto de ser desafiada a ser melhor”. Segundo a estudante, o Auxílio-Formação lhe proporcionou a estabilidade financeira que precisava para ter mais tempo para se dedicar à sua formação como professora de Educação Física. 

O projeto Nadando em Saúde hoje conta com 14 monitores voluntários e duas professoras coordenadoras, Thaidys Monhte e Anne Nobre.