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Canindé debate turismo inclusivo e acessível

Dia Mundial do Turismo

Assunto tematizou o evento “Turismo sem barreiras: Uma viagem com destino à inclusão”
última modificação: 28/09/2016 13h53

O campus de Canindé promoveu, durante todo o dia de ontem (27), o evento “Turismo sem barreiras: Uma viagem com destino à inclusão”. Organizado pelo Eixo de Turismo, Hospitalidade e Lazer, o encontro, realizado no Dia Mundial do Turismo, teve como objetivo debater e refletir sobre a importância da inclusão na atividade turística.

“Quando eu falo em acessibilidade, eu não falo do outro, eu falo de mim. A acessibilidade não é só para a pessoa com deficiência, mas para todos”, destacou a professora Diná Santana, coordenadora do Núcleo de Acessibilidade às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (Napne) do campus de Canindé, durante mesa-redonda sobre mobilidade reduzida, sistema Braille e Libras.

Ela ressaltou, também, a existência de dois tipos de barreiras à acessibilidade: físicas e atitudinais. “A barreira física é a menor de todas. Porque, se eu tenho uma pessoa com atitude de acessibilidade, com a atitude de olhar para o outro como um ser humano, ela vai ver a necessidade e mudar o lugar em que ela está.”

Karla Tavares, consultora há 30 anos e sócia da primeira agência de turismo de Canindé, compartilhou experiências de sua trajetória organizando viagens para o público da terceira idade. “No Brasil, esse segmento turístico está crescendo a cada ano, principalmente pela maior conscientização da importância das atividades físicas e do lazer para uma vida melhor. As atuais pesquisas comprovam que o processo natural de envelhecimento não é um fator impeditivo para a maioria. Se estimulada, desenvolve sua autoestima, interpretando a velhice como uma fase a ser vivida”, comentou.

“As barreiras quem colocamos somos nós”, acredita o produtor de eventos e massoterapeuta Lucas Lima, cego aos 17 anos. “A deficiência é o fim, para depois surgir um novo começo em que as pessoas com deficiência vão poder brigar por uma inclusão paritária e qualitativa. Não adianta eu dizer aqui que a inclusão é feita pelos ditos ‘normais’ se eu, que sou o favorecido, não me incluo, não saio da minha casa e não rompo as barreiras da falta de vontade que há em mim mesmo”.

A programação contou também com palestras sobre o roteiro turístico religioso “Caminhos de Assis”, destinado aos romeiros que se dirigem a pé a Canindé, com a autora do projeto, Fernanda Ester Teixeira; entrega da condecoração “Memória Viva de Canindé” ao Padre Neri Feitosa, em reconhecimento à sua importância para a construção da cultura e do desenvolvimento da cidade; sala sensorial; apresentações culturais e lúdicas; e exposição fotográfica.

Retratos do Meu Canindé
O evento sediou a exposição “Retratos do Meu Canindé”, com fotografias do historiador e escritor canindeense Augusto César Magalhães Pinto. A atividade foi organizada pelos discentes com a finalidade de retratar a cidade por uma perspectiva diferente, estimulando o uso da fotografia como expressão e promovendo a interação da comunidade externa com o instituto.