IFCE Tianguá recebe pesquisadores piauienses e mexicanos

O IFCE campus Tianguá recebeu, na última semana, o grupo de pesquisadores formado por duas professoras da Universidade Federal do Piauí e três pesquisadores do México que buscam conhecer a diversidade existente de feijão-fava na Região da Ibiapaba e identificar material silvestre que possivelmente há na área, especificamente em comunidades tradicionais.

O grupo realizou visitas em comunidades rurais da região, acompanhados de professores do campus Tianguá para explorar a possibilidade de fava silvestre, uma vez que foi constatado no Brasil espécies de favas para estudos de domestificação. O grupo visitou a Aldeia Indígena Tapuya-kariri, com o apoio da liderança local, uma vez que esta comunidade apresenta uma produção e um consumo considerável de feijão-fava e que revelou possibilidades de espécies de 'fava-braba' em território.

O pesquisador e biólogo Jaime Martínez Castillo aponta que no México e Peru a fava do tipo silvestre é encontrada com facilidade e corresponde a centros de domestificação, como forma de explorar a diversidade genética, a forma, cor e tamanho das sementes. No Brasil, a fava é um centro de diversidade, por isso o interesse dos pesquisadores na exploração e em entender essa diversidade genética e assim poder comparar com o que há já existente no México.

O grupo faz parte de um projeto mais amplo da chamada Bilateral em parceria com o Centro de Investigação Científica do Catan, tendo o objetivo de descobrir de onde veio o germoplasma brasileiro e de saber se o Brasil pode vir a ser um centro de domestificação de feijão-fava. Para isso é necessário identificar o tipo silvestre, completa a professora Regina Lucia Ferreira Gomes, coordenadora do Projeto Diversidade genética no germoplasma de feijão-fava (Phaseolus lunatus L.) do Brasil e do México.