Notícias
Estudantes recebem bolsas para projetos de iniciação científica e à docência
Estudante do curso de Licenciatura em Matemática e futuro professor, José Igor Santos da Silva, de 22 anos, quis ter contato com a sala de aula já durante a graduação. Após se candidatar a uma das vagas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), tornou-se bolsista e uma vez por semana vai até uma das escolas públicas de Sobral para ter contato com os alunos. “Eu queria conhecer como funciona a educação na prática, mesclar a teoria com a realidade, dar aula para ver como funciona”, diz.
Às segundas-feiras, José Igor ministra oficinas pedagógicas no laboratório de matemática da Escola de Ensino Fundamental e Médio Professor Luis Felipe, no bairro Campo dos Velhos, em Sobral. “Nessas oficinas, a gente utiliza ferramentas e materiais para ajudar os alunos a aprender conceitos e entender conteúdos mais difíceis”, explica. A bolsa que José Igor recebe é de R$ 700 mensais. “É uma ajuda para se manter no curso e na educação pública”.
Assim como José Igor, Maria Janaína Pereira, também de 22 anos, aluna do curso de Tecnologia em Saneamento Ambiental, recebe uma bolsa que a ajuda a se manter na vida acadêmica. Desde setembro do ano passado, ela é bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Cientifica (PIBIC), na modalidade AF, voltada para ações afirmativas, quando o estudante ingressa na instituição via cotas raciais.
Janaína tem atuado no projeto “Descoloração de Efluente Têxtil em Reator Biológico Desnitrificante”, que também é o tema de seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). “Foi a primeira vez que tive contato com pesquisa, vendo na prática aquilo que assistia em sala de aula, como funciona as análises, por exemplo. Cada vez que a gente avança na pesquisa é uma surpresa, me apeguei muito”, comenta a estudante.
O coordenador de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação do campus, professor Marcus Vinicius Freire Andrade, destaca que, geralmente, os estudantes participantes de projetos de iniciação científica e tecnológica e de programas de iniciação à docência chegam ao mundo do trabalho ou à pós-graduação mais maduros e experientes. “Esse desenvolvimento do estudante também auxilia na redução da evasão”, acrescenta.
“Para os alunos, participar de projetos e programas como esses ajuda na questão da permanência no curso. E também faz com que o estudante crie maturidade, já que o vínculo com a instituição é diferente daqueles que só assistem às aulas. E para a instituição em si também é importante porque ajuda a divulgar a produção científica e tecnológica a partir dos projetos desenvolvidos”, reforça a professora Daniele Maria Alves Teixeira Sá, chefe do Departamento de Extensão, Pesquisa, Pós-graduação e Inovação (DEPPI).
Além do PIBID e do PIBIC (em suas diversas modalidades), há estudantes do campus atuando como bolsistas ou voluntários no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, o PIBITI, e no Programa de Educação Tutorial, o PET.
NOSSOS FUTUROS CIENTISTAS E MESTRES
PIBID
O que é: o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência oferece bolsas de iniciação à docência aos alunos de cursos presenciais que se dediquem ao estágio nas escolas públicas e que, quando graduados, se comprometam com o exercício do magistério na rede pública. O objetivo é antecipar o vínculo entre os futuros mestres e as salas de aula da rede pública. Com essa iniciativa, o Pibid faz uma articulação entre a educação superior (por meio das licenciaturas), a escola e os sistemas estaduais e municipais.
Número de bolsistas no campus: 24 alunos bolsistas e três voluntários, atuando nas escolas EEM Professor Luís Felipe, EEM Dr. João Ribeiro Ramos e EEMTI Dom José Tupinambá
PET
O que é: o Programa de Educação Tutorial. O PET é desenvolvido por grupos de estudantes, com tutoria de um docente, organizados a partir de formações em nível de graduação nas Instituições de Ensino Superior do País orientados pelo princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão e da educação tutorial.
Número de bolsistas no campus: 10 bolsistas
RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA
O que é: A proposta do Programa Residência Pedagógica muito se inspira na residência médica e faz parte do processo de modernização do Programa Pibid. A atividade consiste em proporcionar aos estudantes de licenciatura bolsas para intervenção docente nas escolas, com orientação da faculdade e sob a supervisão dos educadores das instituições preceptoras.
Número de bolsistas no campus: 15 bolsistas e um voluntário
PIBIC
O que é: o foco principal do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Cientifica é promover uma ênfase científica aos novos talentos que estão para se formar. Serve como incentivo para se iniciar em pesquisas científicas em todas as áreas de conhecimento. Os projetos de pesquisa nos quais os alunos e as alunas participam devem ter qualidade acadêmica, mérito científico e orientação adequada por um pesquisador qualificado. Há algumas modalidades específicas, como o PIBIC Jr, voltado para estudantes de nível médio (no nosso caso, cursos técnicos) e o PIBIC AF, voltado para estudantes que ingressaram na instituição via ações afirmativas (cotas).
Número de projetos no campus em 2023: 25, sendo 13 PIBIC, quatro PIBIC AF e oito PIBIC Jr
PIBITI
O que é: o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação visa proporcionar ao bolsista, orientado por pesquisador qualificado, a aprendizagem de técnicas e métodos de pesquisa tecnológica, bem como estimular o desenvolvimento do pensar tecnológico e da criatividade, decorrentes das condições criadas pelo confronto direto com os problemas de pesquisa.
Número de projetos no campus em 2023: 10
Tiago Braga - campus Sobral