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Estudantes descobrem novos asteroides em projeto da Nasa

Alunas destacam o protagonismo feminino na ciência
última modificação: 19/04/2023 13h52

Mais uma estudante do campus de Sobral do IFCE detectou asteroide a partir de um projeto do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) em parceria com a Nasa, a Agência Especial Norte-americana. A descoberta, feita pela aluna do Mestrado Profissional em Ensino de Física, Viviane Lutif, foi reconhecida neste mês de abril.

O campus de Sobral tem se destacado no programa Caça Asteroides. Em 2021, a estudante do curso de Licenciatura em Física, Geovana Ramos, foi notícia no País após detectar, em um curto intervalo de tempo, mais de 40 asteroides. Nesse último ciclo do projeto, ela também teve detecção reconhecida pela Nasa, com o número de asteroides descobertos passando para 52. 

Viviane Lutif, que também é professora da Educação Básica e ex-aluna do curso de Licenciatura em Física, destaca o protagonismo feminino e a relevância dessas descobertas por cientistas amadoras. "É importante pelo incentivo à participação feminina dentro da ciência. Ao longo de todo o meu percurso acadêmico, sempre fui rodeada de meninos. E, nós mulheres, temos muita capacidade, conhecimento. Fico feliz com esse reconhecimento e espero que isso possa incentivar outras pessoas. Assim, como eu também fui incentivada, principalmente por colegas da faculdade, inclusive a própria Geovana, ela foi um incentivo pra mim. Eu acredito que as portas se abrirão de uma forma muito especial para quem participa de projetos como esse", diz.

Programa Caça Asteroides

O objetivo do programa Caça Asteroides é popularizar a ciência entre cidadãos voluntários, com participação aberta a escolas, instituições, clubes de ciências e astrônomos amadores. Quem faz parte do programa é chamado de cientista cidadão e, após treinamento online, torna-se capaz de fazer descobertas astronômicas originais, aprendendo astronomia na prática.

Os participantes recebem pacotes de imagens captadas pelo Telescópio da Universidade do Hawaii, nos Estados Unidos. Utilizando o software Astrometrica, os cientistas cidadãos conseguem detectar preliminarmente os asteroides, enviando relatórios para a Nasa. A confirmação vem após um longo processo de avaliação, que pode durar de seis a oito anos. Se confirmado, a pessoa que fez a descoberta pode nomear os asteroides como desejar.

O projeto Caça Asteroides no Brasil conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), agência vinculada ao MCTI, e do Instituto Brasileiro de Informações em Ciência e Tecnologia (IBICT), unidade de pesquisa vinculada ao MCTI. Os participantes recebem um certificado do IASC (International Astronomical Search Collaboration), o programa na Nasa que conta com a cooperação de várias nações do mundo para novas descobertas astronômicas.

Tiago Braga - campus Sobral