Protótipo de bicicleta ergométrica está em desenvolvimento

Em tempos de pandemia, as ideias não param de surgir no Instituto Federal do Ceará (IFCE). O professor Fábio Timbó Brito, do curso de bacharelado em Engenharia de Controle e Automação, do campus de Maracanaú, está desenvolvendo um equipamento de baixo custo para ser utilizado em bicicletas comuns a fim de que sirvam também como bicicletas ergométricas para uso em exercícios dento de casa.

“Em consonância com a condição que estamos vivendo, as pessoas têm buscado meios de manter a saúde física e mental sem sair de casa. Por isso, pensamos em reconstruir um protótipo de um rolo de treino de bicicletas para que possam ser utilizados para a prática de exercícios aeróbicos, mesmo em situações de isolamento. Ocorre que os que existem no mercado têm valor elevado e queremos propor algo mais acessível”, diz Fábio.

Segundo o professor, a proposta já está em andamento com os desenhos da parte mecânica sendo feitos pelo estudante Bruno de Lima, do curso técnico em Automação Industrial, e também com o desenvolvimento de um sistema embarcado microcontrolado. O mecanismo possui ainda uma plataforma para simulação de ambiente virtual em 3d, o qual permitirá comunicar o equipamento a uma televisão, realizando simulações de percursos e competições com outros atletas. 

Além disso, “o equipamento contabilizará os resultados da distância percorrida e calorias queimadas, como ocorre com uma bicicleta ergométrica comum. Outro detalhe é que o software também permitirá o controle da força das pedaladas, empreendendo mais dificuldade ao exercício, de acordo com o declive da pista virtual. O projeto coaduna com a necessidade de manutenção do condicionamento físico dos usuários em tempos de quarentena”, garante o professor. Uma particularidade desse tipo de aparelho é que não descaracteriza a bicicleta convencional, podendo continuar a ser utilizada nas ruas, após desafixar a parte mecânica acoplada. 

Fábio diz que a ideia de trabalhar esse projeto nasceu faz pouco tempo, em meio à pandemia ocasionada pela Covid-19. A expectativa é que, com o resultado, os campi utilizem os equipamentos em seus espaços comuns e academias. Posteriormente, com o amadurecimento do protótipo, o equipamento pode ser levado para o mercado como resultado de pesquisas desenvolvidas na instituição.

Deborah Sampaio - Reitoria