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Pesquisa sobre o diamante ganha contornos internacionais

NATURE COMMUNICATIONS

Trabalho é publicado pela Nature Communications, um dos periódicos científicos mais importante do mundo
última modificação: 18/08/2017 11h35
Pesquisa que estuda o diamante sai em revista científica

Pesquisa que estuda o diamante sai em revista científica

A ciência a serviço da sociedade implica, entre outras coisas, a descoberta de medicamentos contra doenças, o desvendamento de mitos ou lendas que povoam o senso comum, e o implemento de meios que promovam a solução de desafios, aplicados ao cotidiano das pessoas. Assim, garante-se mais qualidade de vida na medida em que uma descoberta se torna real e acessível à comunidade. Nesse sentido, trabalho realizado por pesquisadores de diferentes instituições busca comprimir duas folhas de grafeno, após diversos estudos experimentais por meio da análise de sua estrutura pela técnica de espectroscopia Raman, com fins de produção de um diamante de duas dimensões - o diamondeno. "Para citar apenas algumas das diversas possibilidades de aplicações do diamondeno, podemos destacar sua utilização na computação quântica, na microeletrônica e em biossensores", afirma Nádia Ferreira, coautora da publicação, doutora em Física e docente do campus de Morada Nova.

Recentemente, artigo científico com o estudo foi publicado na revista Nature Communications, um dos periódicos mais importante do mundo, apontando a qualidade e a relevância social da pesquisa. "É bom destacar que houve uma colaboração de pesquisadores, além do IFCE, das universidades federais de Minas Gerais, Ouro Preto, Ceará, Piauí e do Departamento de Engenharia Elétrica e Ciências da Computação, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), afirma a pesquisadora do IFCE. Ainda de acordo com ela, as cooperações se estabeleceram mediante contribuições nos experimentos, na teoria, e na análise dos dados coletados. Os experimentos de altas pressões, no caso, foram realizados no Departamento de Física da UFC, em Fortaleza. A partir dessa publicação, outros veículos especializados, também, repercutiram o trabalho, inclusive da Rússia: "Essa repercussão é um indicativo do quão promissor se apresenta este trabalho, mostrando não só a importância como a necessidade de se estabelecer pesquisas científicas colaborativas e interdisciplinares", enfatiza.

O diamante é conhecido por ser uma pedra preciosa extremamente dura e rígida. Com diferentes aplicações, os pesquisadores buscam obtê-lo de forma mais fina possível, abrindo possibilidades para utilização no mundo nanoscópico. "É preciso ressaltar que ainda estamos a muitos passos da aplicação na vida real ou cotidiana, ainda a certa distância de se poder produzir grandes quantidades com alta qualidade, mas, como todo grande progresso se estabelece por meio de pequenos passos, é possível afirmar que esta pesquisa é um pré-requisito necessário para um futuro promissor na aplicação do diamondeno", observa. A pesquisadora lembra, ainda, que o percurso foi longo e surgiram muitos empecilhos ao longo do caminho. "Para se ter ideia do tempo e esforço dedicado a este trabalho, alguns dos principais experimentos de espectroscopia Raman a altas pressões foram iniciados ainda em meados do ano de 2014. Com a publicação, constatamos que apenas agora que está sendo possível colher os frutos de tanto esforço e dedicação de todos os envolvidos na pesquisa", destaca.

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