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IFCE tem quinta patente concedida
INOVAÇÃO
O Instituto Federal do Ceará (IFCE) acaba de receber a sua quinta patente do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI). A invenção reconhecida pelo órgão federal foi um repelente para uso tópico à base de óleo de cravo, desenvolvido a partir de pesquisa do estudante Thiago Moreira Melo, do curso de Licenciatura em Química do campus de Maracanaú, com a participação de outros pesquisadores da unidade.
O produto desenvolvido tem ainda em sua composição o IR3535 nanoestruturado - um ativo repelente autorizado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Além disso, ele tem ação prolongada pela estratégia de nanoencapsulação em óleo formador de filme (produzido a partir da semente da linhaça).
Também participaram da pesquisa a técnica de laboratório Louhana Moreira Rebouças e a professora Maria do Socorro Pinheiro, orientadoras do estudante; as docentes Caroline de Goes Sampaio e Emília Maria Alves, que extraíram e caracterizam o óleo de cravo, e Nágila Ricardo, que cedeu o uso dos equipamentos necessários para a nanoencapsulação; e o estudante Júlio Cesar Mesquita, que auxiliou nos experimentos.
Segundo Louhana, que também é mãe de Thiago, as vantagens desse produto são a liberação lenta dos ativos, e o uso menor de IR3535 na formulação. “Alguns estudos mostram que a degradação deste ativo no tratamento de águas residuárias por cloração geram produtos mutagênicos”, explica. Além disso, ela explica que o produto tem menor custo em relação a outras existentes no mercado.
Para que o novo repelente seja disponibilizado ao mercado, é preciso inicialmente que ele seja registrado junto à Anvisa e, em seguida, que sua tecnologia seja transferida à indústria farmacêutica, conforme esclarece a pesquisadora.
Evolução
Essa é a quinta patente obtida pelo Instituto em 30 meses. Para diretora do Núcleo de Inovação Tecnológica do Polo de Inovação, Sarah Mesquita, a concessão demonstra a capacidade de gerar inovações de alto valor e o compromisso do IFCE com a pesquisa e o desenvolvimento de soluções tecnológicas.
“Além disso, essa patente representa a consolidação da estratégia do Polo de Inovação de fomentar a colaboração entre a academia, a pesquisa científica e o setor produtivo”, afirma. “Este crescimento em tão pouco tempo é um indicativo de que o IFCE está criando um ambiente fértil para a inovação, com o apoio de uma estrutura de gestão robusta, e de que o ecossistema de pesquisa está cada vez mais maduro, conseguindo gerar ideias e tecnologias com um potencial significativo para a sociedade e para o mercado”, completa.
Ícaro Joathan - Comunicação Social/reitoria