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IFCE concederá títulos de Doutor(a) Honoris Causa a Ariosto Holanda, Izolda Cela e Maria da Penha

RECONHECIMENTO

Noite de premiações também terá entrega de medalhas, além de homenagens a gestores
última modificação: 19/12/2022 01h04
Agraciados receberão títulos dia 20/12

Agraciados receberão títulos dia 20/12

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) vai conceder, pela primeira vez em sua história, títulos de doutor e doutora Honoris Causa. A solenidade está marcada para as 18h do dia 20/12, na Reitoria do Instituto, no bairro Jardim América, em Fortaleza. Os agraciados serão o ex-deputado federal, professor e ex-secretário de Ciência e Tecnologia do Ceará, Ariosto Holanda; a governadora do Ceará, Izolda Cela; e a ativista dos direitos das mulheres Maria da Penha.

A concessão do título foi aprovada pelo Conselho Superior do Instituto (Consup), através de sua resolução nº 64, de 19 de outubro de 2022. 

Conheça um pouco mais sobre os homenageados: 

Francisco Ariosto Holanda

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 (Foto: Divulgação)

Francisco Ariosto Holanda é natural de Limoeiro do Norte/CE. Formado engenheiro civil pela Universidade Federal do Ceará (UFC), foi professor universitário na mesma instituição e também na Universidade de Fortaleza (Unifor). Tem especialização em Instrumentação de Processos Industriais pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e pós-graduação em Engenharia Biomédica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Atuou como engenheiro projetista na Companhia de Eletrificação Centro-Norte do Ceará (Cenorte), que viria a ser uma das companhias que dariam origem à Coelce (atual Enel Ceará). Engenheiro de Instrumentação na Petrobras, coordenador do curso de Engenharia Química da UFC, e membro fundador da Sociedade Brasileira de Engenharia Biomédica, implantou e coordenou por cinco anos o curso de Engenharia Elétrica da Unifor. Implantou e dirigiu a Fundação Núcleo de Tecnologia Industrial (Nutec) Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica Industrial (Abipti).

Iniciou a vida pública quando assumiu a secretaria de Indústria e Comércio do Estado do Ceará (1987 - 1989) no primeiro governo de Tasso Jereissati, sendo responsável pela implantação de cinco Liceus de Artes e Ofícios, cinco Fábricas-Escolas e pelos programas Galpões Industriais, compra e serviços governamentais, além de projetos industriais de laminação, gás natural, refinaria e urânio e fosfato. Exerceu o mandato de deputado federal em sete oportunidades. Foi secretário de Ciência e Tecnologia do estado de 1995 a 2002, cargo em que foi o responsável pelos projetos e implantação de 40 Centros Vocacionais Tecnológicos no interior do Ceará, de três Centros de Ensino Tecnológico (Centec) e pelo projeto Infovias do Desenvolvimento. Foi também assessor técnico no Ministério das Minas e Energia.

Entre os vários prêmios e condecorações recebidos, destacam-se a medalha nacional do Mérito Científico (Classe Comendador), medalha da Ordem Nacional do Mérito Educativo (graus de Oficial e Comendador), medalha do Mérito da Educação Profissional do Governo do Ceará e Benemérito do CNPq.

Maria Izolda Cela de Arruda Coelho

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 (Foto: Mauri Melo)

Professora e psicóloga, natural da cidade de Sobral/CE. Formada em psicologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), especializou-se em Educação Infantil pela Universidade Estadual do Ceará (UECE) e em Gestão Pública pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). Mestre em Gestão e Avaliação da Educação Pública pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais. 

Antes de ingressar na vida pública Izolda atuou como psicóloga escolar no Colégio Sobralense (1986 e 1988), integrou a diretoria pedagógica da Escola Arco-íris (1989), e adquiriu experiência clínica no atendimento à crianças ao atuar na Clínica de Desenvolvimento Integrado (1991 e 1995), todos no município de Sobral.

Na universidade, exerceu o cargo de pró-reitora adjunta de extensão e coordenou o Programa Alfabetização Solidária desde a sua implantação, em 1997, até dezembro de 2000. Também entre 1995 e 1997, integrou a equipe de apoio pedagógico ao CAIC, escola municipal de ensino infantil e fundamental vinculada ao curso de pedagogia, onde exerceu a função de orientadora de professoras de 1ª série na área da Psicogênese da Língua Escrita.

Iniciou sua trajetória política em 2001 ao assumir o cargo de Subsecretária de Desenvolvimento da Educação na gestão municipal de Sobral, no Ceará, cargo em que permaneceu até 2004. Também entre 2005 e 2006, atuou como Secretária de Educação do município e, entre 2007 e 2014, como Secretária de Educação do Estado do Ceará. Nas eleições de 2014, candidatou-se a um cargo eletivo pela primeira vez, como vice-governadora na chapa de Camilo Santana na disputa pelo governo do estado. Em 2018, a chapa foi reeleita e, em maio de 2022, com a desincompatibilização de Camilo, Izolda Cela tornou-se a primeira mulher governadora efetiva do Ceará.

Maria da Penha Maia Fernandes

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 (Foto: Divulgação/Instituto Maria da Penha)

Natural de Fortaleza/CE, Maria da Penha Maia Fernandes é farmacêutica bioquímica pela Universidade Federal do Ceará (UFC), mestra em Parasitologia em Análises Clínicas na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP). Vítima de dupla tentativa de feminicídio por parte de seu ex-marido, Maria da Penha tornou-se um símbolo de alcance nacional e internacional no combate à violência contra as mulheres.

Dezenove anos depois das duas tentativas de feminicídio, no mês de outubro de 2002, quando faltavam apenas seis meses para a prescrição do crime, seu agressor foi condenado. Foi preso e cumpriu apenas dois anos (um terço) da pena a que fora condenado; foi solto em 2004.

O episódio chegou à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) e foi considerado, pela primeira vez na história, um crime de violência doméstica.
Sua busca por justiça gerou um movimento que culminaria em um verdadeiro marco nacional. Diante da falta de medidas legais e ações efetivas, como acesso à justiça, proteção e garantia de direitos humanos às mulheres vítimas de violência, em 2002 foi formado um Consórcio de ONGs Feministas para a elaboração de uma lei de combate à violência doméstica e familiar contra a mulher.

Após muitos debates com o Legislativo, o Executivo e a sociedade, o Projeto de Lei n. 4.559/2004 da Câmara dos Deputados chegou ao Senado Federal, e foi aprovado por unanimidade em ambas as Casas. Assim, em 7 de agosto de 2006, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei n. 11.340, mais conhecida como Lei Maria da Penha. A Lei reconhece a gravidade dos casos de violência doméstica e retira dos juizados especiais criminais (que julgam crimes de menor potencial ofensivo) a competência para julgá-los.

Autora do livro "Sobrevivi... posso contar" e fundadora do Instituto Maria da Penha, ela hoje fala sobre a sua experiência, dá palestras e luta contra a impunidade dessa violência que é social, cultural, política e ideológica, afetando milhares de mulheres, adolescentes e meninas em todo o mundo.

Por sua luta incansável pelos direitos das mulheres, Maria da Penha foi indicada, em setembro de 2016, para o Prêmio Nobel da Paz, edição de 2017.

Noite de homenagens

Além dos títulos de doutor/doutora, o IFCE realizará, também na noite do dia 20, a entrega das medalhas do Mérito Educacional - Dr. Raimundo César Gadelha de Alencar Araripe. O objetivo é prestigiar pessoas que contribuíram para o desenvolvimento e a projeção positiva do trabalho do Instituto, nos segmentos discente, docente, técnico administrativo e sociedade civil. A premiação é entregue anualmente.

Na mesma data, serão homenageados os destaques da gestão, com a entrega de comendas em reconhecimento a ex-gestores (reitor, pró-reitores, diretores de campi), que desempenharam papel fundamental no desenvolvimento do Instituto e na consecução de seus objetivos.

 

Dowglas Lima - Comunicação Social - Reitoria