Notícias
Aluno do PEC-G assiste aulas direto de Guiné-Bissau
INTERNACIONALIZAÇÃO
O Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G) oferece oportunidades de formação superior a cidadãos de países em desenvolvimento com os quais o Brasil mantém acordos educacionais e culturais. Desenvolvido pelos ministérios das Relações Exteriores e da Educação, em parceria com universidades e institutos federais, o PEC-G seleciona estrangeiros, entre 18 e preferencialmente até 23 anos, com ensino médio completo, para realizar estudos de graduação no País.
No IFCE, o PEC-G é desenvolvido desde 2006, já tendo recebido 26 estudantes de países estrangeiros, dos quais 15 atualmente cursando graduações nos campi de Fortaleza e Maracanaú. Um deles é o aluno Liánio Silva Biague, que cursa Engenharia Ambiental e Sanitária no IFCE.
Em tempos normais, Liánio deveria estar cursando a graduação presencialmente no campus de Maracanaú, mas, devido às restrições impostas pela pandemia de Covid-19, ele se tornou o primeiro estudante do PEC-G a iniciar o curso de forma completamente remota, assistindo, portanto, as aulas diretamente de seu país, Guiné-Bissau.
O estudante conta que um dos desafios é a questão do fuso horário, pois Guiné-Bissau está 3 horas à frente de Fortaleza. Assim, pela primeira vez, ele está iniciando suas aulas às 16h30, hora local. “Tudo tem a sua primeira vez, vou me adaptando”, diverte-se. O maior desafio, para ele, é o acesso à internet: “Tem sido muito embaraçoso por causa da qualidade de internet das redes locais. Às vezes, ela cai e perco acesso às aulas. Só depois de alguns minutos, é que consigo voltar”, conta.
Apesar das dificuldades pandêmicas, ele agradece a oportunidade. “Tem sido uma experiência muito boa e desafiadora. É uma grande oportunidade poder me graduar no IFCE, que é uma boa instituição de ensino - os professores são muito bons, aliás todos os funcionários do IFCE têm sido muito generosos e atenciosos para comigo”, elogia.
Importância
O assessor de Relações Internacionais do IFCE, Gutenberg Albuquerque, ressalta que o PEC-G promove a articulação política entre os países do hemisfério sul, visando o incremento do intercâmbio econômico, científico, tecnológico, cultural e educacional entre eles. Ele reconhece, porém, que o ensino remoto tem imposto algumas limitações à experiência propiciada pelo programa. “A presença dos estudantes estrangeiros em nossas instalações provê a interação de forma mais efetiva com os alunos brasileiros, assim como também é uma forma de incentivo para que os nossos discentes se tornem cidadãos globais”, ressalta.
Ícaro Joathan - Comunicação Social/reitoria