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Morada Nova promove II Semana de Aquicultura
TECNOLOGIA E SUSTENTABILIDADE
Com o aumento do consumo de pescado e consequentemente da produção aquícola, o desafio para os produtores está em fornecer produtos de alta qualidade nutricional, com preços competitivos e, sobretudo, de forma sustentável com uso de tecnologia e a gestão correta dos recursos naturais. Pensando nisso, o campus do IFCE de Morada Nova promove, de 6 a 8 de junho, a II Semana de Aquicultura, cujo tema é Aquicultura e Desenvolvimento Sustentável.
Diante das necessidades de melhorias do setor, o tema ganha espaço para debate durante a II Semana de Aquicultura, realizada pelos docentes e alunos dos cursos técnicos e de graduação em Aquicultura do campus de Morada Nova. A novidade desta II edição é a participação já confirmada de cinco campi do IFCE, um campus do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), das Universidades Federais do Ceará (UFC), do Rio Grande do Norte (UFRN) e Rural do Semiárido (UFERSA). A ideia é conhecer as experiências exitosas de cada curso, promovendo a integração entre (docentes/discentes) e proporcionando futuras parcerias em ensino, pesquisa e extensão.
“Em um evento onde teremos reunidos muitos estudantes, técnicos e produtores, consideramos importante propor esse debate apresentando temáticas inovadoras, como a questão da convivência com a enfermidade da mancha branca, o melhoramento genético e o baixo consumo de água. E também será tratado o tema que é tendência de mercado: a saúde dos animais por meio da nutrição. Com isso, esperamos atualizar os participantes sobre o que vem sendo muito comentado no mercado”, pontua o professor Sergio Almeida, do curso de bacharelado em Engenharia de Aquicultura, coordenador da atividade.
Na avaliação dele, para contornar as dificuldades relacionadas às enfermidades e à baixa disponibilidade hídrica e para tornar os cultivos mais eficientes, é necessário que o setor repense algumas estratégias. “É importante reavaliar as estratégias de cultivo, intensificando as medidas de biossegurança e adotando novas tecnologias para o aumento da produção com baixo consumo de água”.
Sergio Almeida aponta ainda que, no processo produtivo, além dos desafios técnicos no manejo, outros obstáculos dificultam o desenvolvimento dos aquicultores. “Existe a dificuldade de licenciamento ambiental dos cultivos, a falta de crédito, a ausência de políticas para desenvolvimento do setor, a grande carga tributária sobre salários, insumos e produtos a serem comercializados”, pontua.
E complementa ainda a necessidade de investimentos na produção: “Precisamos de incentivo do governo, licenças e legislações mais claras, e da equalização dos estados quanto ao incentivo fiscal. Além disso, na produção precisamos avançar no investimento em genética associada a uma boa nutrição, diversificação da linha de cortes especiais, alinhada ao lançamento de novos produtos. E para isso é necessário buscar uma cadeia mais desenhada”.
Houve grande número de inscritos no evento, mas os interessados ainda podem fazer a inscrição na forma presencial até o dia da abertura, 6 de junho, até as 18:00. Veja a programação aqui.