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Mobilidade virtual internacional contabiliza resultados
INTERCÂMBIO
Um drone que entrega pesticidas, um aplicativo de fitness e nutrição e um dispositivo de medição de energia para um painel de monitoramento. Estes são três resultados concretos do intercâmbio virtual, que durou mais de três meses, entre alunos de Engenharia da Computação do do IFCE e do Red River College (RRC), de Winnipeg, no Canadá. No entanto, os frutos dessa parceria internacional vão além dos projetos citados: a troca de conhecimento e a porta aberta para novas empreitadas são um ganho expressivo.
Os trabalhos começaram ainda em janeiro deste ano, quando estudantes do Programa de Tecnologia da Informação Empresarial do RRC iniciaram um projeto de indústria virtual com quatro alunos de Ciência da Computação do IFCE, com foco na busca de soluções tecnológicas para empresas canadenses. Todos os participantes cearenses são de campi do interior: dois de Tianguá, Lina Yara Monteiro Rebouças Moreira e Mateus Ferreira Pontes; e dois de Aracati, Fernando Ericles da Silva Lima e Matheus Ferreira de Oliveira. Tanto Fernando quanto Matheus participaram da apresentação final.
As duas instituições já tratam de estender o projeto até 2024, permitindo que uma maior quantidade de alunos participe, inclusive na modalidade presencial, quando for possível por conta do distanciamento social ocasionado pela pandemia de coronavírus. Numa segunda etapa, ainda sem data oficial, o projeto prevê enviar de 5 a 10 alunos do RRC para o IFCE no Brasil e receber de 5 a 10 alunos do IFCE no Canadá, para participar de um programa presencial em TI.
Sobre o projeto
O governo do Canadá escolheu o Red River College para participar de um projeto piloto inovador com o objetivo de envolver mais alunos em oportunidades de intercâmbio internacional. “Alunos de ambos os países se conectam no Espaço de Projeto Virtual do RRC e programam juntos online por cerca de quatro horas por dia”, resumiu Raeanne Hebert, instrutora de Business Information Technology (BIT) do RRC. “Eles têm aprendido muito uns com os outros”, completou.
Ela acrescentou que os intercâmbios internacionais - virtuais ou presenciais - são essenciais para “abrir os olhos dos alunos” para outras culturas e modos de vida, para quebrar estereótipos e para fortalecer relacionamentos e conexões. “Quando se trata do futuro da TI, a inovação é 1.000% importante. Intercâmbios como esse ajudam nossos alunos a aprender como outros países fazem as coisas; eles nos ensinam soluções inovadoras para os problemas que todos enfrentamos”, avaliou.
“Esse projeto pioneiro de mobilidade virtual foi exitoso, já éramos parceiros da forma presencial e, novamente, agora nessa modalidade virtual, mostrando que os países têm muito a contribuir um com o outro com suas instituições acadêmicas”, analisou Gutenberg Albuquerque, titular da Assessoria de Relações Internacionais (Arinter) do IFCE.
Os ganhos
O estudante Fernando Ericles, que esteve na apresentação final do intercâmbio, conta que os ganhos vão bem além do conhecimento tecnológico. “Primeiramente, conheci muita gente nova, tanto do Canadá como de outros países, minha equipe tinha gente da Coreia, da Índia, viramos amigos, era um time multicultural. Segundo, foi o aprendizado em inglês, porque eu nunca tinha conversado com alguém em inglês na minha vida”, contou. “Isso somado a todo o conhecimento em tecnologia que compartilhamos entre as equipes foi muito importante pra nós”, detalhou.
Ele acrescenta que, sempre após as apresentações, inclusive de outras equipes, o time se junta para discutir pontos positivos e negativos destas exposições, enriquecendo ainda mais o debate e o conhecimento sobre o que acontecia no projeto como um todo. “Agradeço muito ao IFCE e ao RRC pela oportunidade e espero que outros estudantes tenha essa chance. Quanto mais a gente mandar estudantes daqui pra lá melhor, porque a gente não precisa ficar preso somente aqui, mas sim buscar conhecer o mercado lá fora”, analisou Fernando.
Pensamento semelhante tem Matheus Ferreira de Oliveira. “A experiência de intercâmbio virtual foi de extrema importância para mim, pois pude por em prática todos os conhecimentos que adquiri durante minha graduação em projetos do laboratório (LAR) do meu campus (Aracati)”, citou. “Também foi uma oportunidade única de testar e melhorar meu inglês e habilidades sociais. Meu time foi bastante acolhedor e paciente e fiquei muito feliz em ver que meus conhecimentos foram benéficos para todos e para o desenvolvimento do projeto”, comemorou.
Matheus continua, enfatizando que “gostaria de agradecer mais uma vez por ter sido escolhido para essa oportunidade e parabenizar o IFCE por essa iniciativa que impactou positivamente a vida de todos os envolvidos”.
Luís Carlos de Freitas - Reitoria