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IFCE tem terceira patente de invenção concedida pelo INPI
INOVAÇÃO
O Instituto Federal do Ceará (IFCE) conquistou o reconhecimento da patente de invenção para a pesquisa para a pesquisa "Aperfeiçoamento introduzido em sensor de corrente com perturbação magnética em piezoeléctrico". Trata-se da terceira concessão de patente para a Instituição. O documento nº BR 102017001020-1 foi expedido em 16/05/2023 pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e tem validade de 20 anos, a contar da data do depósito.
A pesquisa, cujo depósito de patente data de janeiro de 2017, tem como autores os professores do IFCE: Múcio Costa Campos Filho, Manoel Henrique Bezerra Júnior, Agliberto Melo Bastos e o atual reitor José Wally Mendonça Menezes, além de Antônio Sergio Bezerra Sombra, Cauby Amorim Rodrigues Júnior e Antônio Jefferson Mangueira Sales, da Universidade Federal do Ceará (UFC).
O professor Múcio Costa Campos Filho explica que a pesquisa se resumiu na fabricação e aplicação de um material específico para monitorar a energia de sistemas tanto de baixa tensão (residência domiciliares) ou alta tensão (indústrias, empresas que demandam muita carga). "Este detector ou sensor verifica parâmetros da saúde do fornecimento de energia elétrica em qualquer sistema funciona somente pelo efeito magnético que movimenta uma haste e esta haste é um transdutor de sinal que se transforma em um sinal digital. Que pode ser controlado por computadores a distância com risco zero de acidentes e intempéries da natureza, como interferências elétricas, tempestades e outros", detalha.
Segundo Múcio, a "aplicação é enorme: imagine em tempo real, verificar parâmetros da saúde de uma rede de distribuição ou então uma rede como o próprio campus de Fortaleza que conforme a planta inicial houve vários aumentos de cargas proveniente da expansão (construção de blocos didáticos e restaurantes). Além disso, através deste sensor de monitoramento efetua -se ajuste da demanda da carga para evitar blecautes e acidentes."
Em 20/12/2022, o IFCE conquistou a segunda patente para a pesquisa "Sistema sinalizador de falhas de isoladores em estruturas de média e alta tensão utilizando ultrassom", desenvolvida pelos pesquisadores Elias Teodoro da Silva Júnior, Danilo Avilar Silva, Kaio Jonathas Alencar Gurgel, Francisco José Alves de Aquino, Antônio Ébano Rafael Machado de Oliveira, Ajalmar Rego da Rocha Neto, Andre Luiz Carneiro de Araujo, André Domingos Klein e Fredson Martins da Silva. O documento BR 102016016197-5 foi depositado em 12/07/2016.
A diretora do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) do IFCE, estrutura vinculada ao Polo de Inovação IFCE, Sarah Mesquita, destaca que essa e outras pesquisas do IFCE podem ser encontradas na plataforma Vitrine Tecnológica - iniciativa hospedada no site do Polo. Lá, é possível consultar um amplo conjunto de projetos, a exemplo de depósitos de patentes de invenção e registros de software. Sarah detalha que o IFCE obtém "várias vantagens ao obter uma carta-patente para uma invenção", entre as quais:
1) Proteção legal: Uma carta-patente concede ao IFCE os direitos exclusivos sobre a invenção por um período de tempo determinado. Isso impede que outras partes usem, fabriquem, vendam ou importem a invenção sem a permissão da universidade, oferecendo proteção legal contra a cópia e apropriação não autorizada.
2) Potencial comercialização: Uma carta-patente pode ser uma ferramenta valiosa para comercializar a invenção e gerar receita para o IFCE, permitindo que a instituição licencie os direitos da patente para empresas interessadas em desenvolver e comercializar a tecnologia. Isso pode resultar em acordos de licenciamento, parcerias estratégicas ou até mesmo na criação de startups com base na tecnologia patenteada.
3) Geração de receita: Ao licenciar a tecnologia patenteada, o IFCE pode receber royalties ou outras formas de compensação financeira, que podem ser reinvestidos em pesquisa, desenvolvimento de novas tecnologias, infraestrutura e bolsas de estudo.
4) Reputação: O registro de uma patente demonstra o compromisso do IFCE com a inovação e a pesquisa de ponta.
5) Colaborações e parcerias: A posse de uma patente pode facilitar a colaboração com outras instituições acadêmicas, empresas e agências governamentais. Parcerias podem ser formadas para desenvolver ainda mais a tecnologia patenteada, explorar aplicações adicionais ou buscar financiamento conjunto para pesquisa relacionada.
6) Transferência de tecnologia: Através de licenciamento e colaborações, a tecnologia patenteada pode ser transferida para o setor privado, onde pode ser desenvolvida, fabricada e comercializada em escala. Isso promove a transferência de conhecimento e beneficia a sociedade através da disponibilização de novos produtos, serviços e soluções.
A primeira patente (documento nº BR 102014029540-2) foi concedida em 24/05/2022 para a pesquisa "Aperfeiçoamento introduzido em sensor óptico para medidas de altas correntes em geração e transmissão elétricas". O trabalho, cujo depósito de patente data de novembro de 2014, foi conduzido pelos pesquisadores Agliberto Melo Bastos, Antônio Sergio Bezerra Sombra e José Wally Mendonça Menezes, atual reitor do IFCE.
O IFCE possui mais de 150 propriedades intelectuais registradas ou depositadas, que podem ser consultadas na Vitrine Tecnológica. Conheça a página do Polo de Inovação do IFCE, unidade que traz a marca de qualidade da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII). Lá, além de visitar a Vitrine Tecnológica, é possível também conhecer as ações de proteção da propriedade intelectual desenvolvidas no Instituto.
Cláudia Monteiro - jornalista da reitoria, com informações de Dowglas Lima