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IFCE realizará a XII SERNEGRA em Maracanaú
NEGRITUDES
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) realizará, através da Pró-reitoria de Extensão (PROEXT) e dos Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABIs), a XII Semana de Reflexões sobre Negritude, Gênero e Raça dos Institutos Federais (SERNEGRA) e o I Seminário de Educação das Relações Étnico-Raciais para a Educação Básica de 16 a 18 de novembro de 2023, no campus Maracanaú. É a primeira vez que o IFCE promove a semana, da qual participou em 2022, quando foi promovida pelo Instituto Federal de Brasília.
Com o tema geral “Sankofa e a (re)construção do Brasil: o fortalecimento do papel das mulheres negras nas políticas públicas”, o evento acontecerá no formato presencial. As inscrições são gratuitas e já estão abertas até 10 de novembro. Poderão se inscrever estudantes do Ensino Médio, Graduação e Pós-graduação, professores da Educação Básica, dos Institutos Federais (EBTTs) e das universidades, pesquisadores não-acadêmicos e ativistas de movimentos sociais, além de ouvintes.
Além das discussões das mesas-redondas e conferências, os participantes poderão apresentar trabalhos nos formatos Comunicação Oral e Relato de Experiência (inscrições até 04 de outubro), participar de programação cultural, oficinas (inscrições de 18 a 27 de outubro), feiras e afroturismo. Autores também poderão submeter suas publicações até 04 de outubro para lançamento de livro através do formulário online disponível na área do participante.
A XII Semana de Reflexões sobre Negritude, Gênero e Raça dos Institutos Federais (SERNEGRA) será voltada para pesquisadores que tenham por tema de investigação as relações raciais, de gênero e classe no Brasil, bem como refletir sobre suas práxis a partir de uma aproximação com o debate racial, de gênero e classe. O temário “Sankofa e a (re)construção do Brasil: o fortalecimento do papel das mulheres negras nas políticas públicas” desperta a necessidade de buscar as reflexões do protagonismo das mulheres negras, numa perspectiva dialógica inclusiva e interseccional.
Nesse sentido, o evento está direcionado aos diversos espaços nos quais são constituídas estratégias de enfrentamento às opressões raciais, de gênero e classe. Assim, a comunidade acadêmica se une aos ativistas, artistas e toda pessoa que tenha interesse em vivências, reflexão e no debate com vistas a construir perspectivas outras em um espaço também acadêmico de construção de conhecimentos múltiplos.
O Seminário de Educação das Relações Étnico-Raciais para a Educação Básica tem como objetivo promover o encontro de pessoas da academia (pesquisadores, professores e estudantes) com integrantes de movimentos sociais negros e de direitos humanos para refletir e discutir o combate ao racismo na educação básica por meio de políticas curriculares, práticas pedagógicas e formação docente, em razão da importância e urgência desse debate para as áreas das ciências sociais e humanas.
Em sua primeira edição, o seminário comemora os 20 anos da Lei 10639/03 e torna imprescindível a discussão e reflexão sobre as políticas públicas, práticas pedagógicas e formação docente voltadas para a promoção da igualdade racial na educação básica e no currículo escolar, pois o currículo é um importante instrumento para a promoção de uma educação antirracista, que respeite e valorize a diversidade étnico-racial.
PROGRAMAÇÃO
Na manhã do primeiro dia, a mesa de abertura do evento debaterá "Educação das Relações étnico-raciais para a Educação Básica", seguida da conferência "20 anos da Lei 10.639/03 e a formação de professores: paradigmas e debates sobre a Educação das Relações Étnico-raciais" com os conferencistas: Matilde Ribeiro (UNILAB) , Cícera Nunes (URCA) e Sandra Petit (UFC).
Na tarde do primeiro dia, a conferência de abertura terá como tema “Sankofa e a (re)construção do Brasil: o fortalecimento do papel das mulheres negras na política”, com a participação da professora Zelma Madeira (Secretária de Igualdade Racial do Estado do Ceará) e da vereadora de Fortaleza, Adriana Geronimo Vieira Silva (Mandata).
Paralelamente ocorrerá a apresentação de trabalhos e relatos de experiências afro-pedagógicas de docentes. O primeiro dia se encerra com a mesa redonda "Gênero, Raça e decolonialidade no ensino e na formação de professores da educação básica", com os debatedores Vera Rodrigues (Unilab) e Luzi Borges (UESC/Ministério da Igualdade Racial).
A manhã do segundo dia contará com simpósios temáticos e oficinas pedagógicas antirracistas. À tarde, duas mesas-redondas: "Juventudes, racismos e gênero" com os debatedores Dione Silva e Lilica Santos (Instituto Mirante), Dandara Albuquerque (Rede Estadual de Ensino do estado do Ceará); e "Experiências das instituições da Rede Federal no combate ao racismo e ao sexismo" com as pró-reitoras de Extensão Rosana Machado de Souza (IF Sudeste de MG), Ana Cláudia Uchôa Araújo (IFCE) e Diene Ellen Tavares Silva (IFB). O segundo dia se encerra com a conferência "20 anos da lei 10639/2003: o que mudou no currículo e na formação de professores?" com Joelma Gentil (SEDUC/MNU) e Ana Cristina Santos(UFAL).
O último dia contará com simpósios temáticos e oficinas pedagógicas antirracistas, seguido da mesa de encerramento "AYA e resistência: Caminhos de enfrentamento às opressões em busca do bem-viver", com os debatedores Anny Ocoró Loango (Argentina) e Joselina da Silva (UFRRJ).
Além da programação acadêmica, o evento terá três dias de exposição na Programação Cultural - Afroempreendedores (SER Negrinha e Feira Negra), além de Afroturismo pelo Centro e pontos turísticos de Maranguape e Maracanaú e contará com 11 oficinas: Estética afro e turbantes; Capoeira; Tranças; Moda afro: construindo resistências; Intervenções artístico-culturais nas cidades; Fitotipia e antotipia; Tambores ancestrais; Danças Africanas; Abayomi; Jogos africanos e Mulheres Negras e Escrita Criativa. Cada oficina terá 25 vagas.
Cláudia Monteiro - jornalista da reitoria