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História institucional entrelaça gerações
A quarta edição do informativo Por Dentro do IFCE traz como um de seus destaques matéria sobre os 105 anos da instituição. Nela, servidores novatos e aposentados dialogam, por meio de perguntas e respostas, sobre suas expectativas e vivências institucionais.
Participaram da matéria, os docentes aposentados Tereza Cristina Valverde e Claudio Barbosa e o professor e o jornalista novatos, respectivamente, Anderson Rodrigues e Tiago Braga. Confira na íntegra, o que pensam esses representantes da comunidade acadêmica:
De Cristina Valverde para Tiago Braga
Qual provável lembrança de suas vivências profissionais você levaria para a sua aposentadoria?
Espero levar as melhores lembranças possíveis. Das amizades que fiz, dos conhecimentos que adquiri, dos desafios que superei. Seria bom lembrar do passado e ver que fui um servidor que cumpri meus deveres com ética e contribuí para a missão do IFCE. Como jornalista, sei que posso exercer uma função social relevante ao ajudar no projeto de expansão dos ensinos técnico e superior no Ceará e no diálogo do Instituto com a sociedade.
O medo de encarar novos desafios pode bloquear ou mobilizar suas atitudes profissionais?
Os desafios mobilizam, afastam a acomodação. Formei-me há quase oito anos em Jornalismo e sempre atuei em redação de jornal (impresso e TV). Trabalhar com comunicação pública, em uma cidade do Interior, será uma novidade, que vou encarar como um estímulo para me aprimorar cada vez mais. Pretendo me especializar no tema, a partir dos estudos e das vivências práticas com a comunidade acadêmica. Espero que a minha história no IFCE seja de muitos desafios e aprendizados.
De Tiago Braga para Cristina Valverde
A senhora acompanhou o processo de expansão e interiorização dos campi do IFCE? Quais as dificuldades enfrentadas? Como os servidores lidaram com isso?
O processo de interiorização, indiscutivelmente contribui para a melhoria do perfil socioeconômico das localidades atingidas, promovendo e estimulando sua vocação produtiva. Naturalmente, não foi fácil sua implementação, vários óbices foram constatados, tais como: ausência inicial de infraestrutura física e humana; necessidade articulação e parceria com agentes públicos e privados para fazer fluir a colocação dos técnicos no mercado de trabalho; etc. Contudo, foram fatores que, apesar de obstaculizar o processo de crescimento desses campi, não impediram que se cumprisse sua missão - desenvolvimento regional com base na sustentabilidade regional. Hoje temos a evidência desse avanço.
Que contribuição quem está assumindo agora um cargo público pode dar para melhorar a imagem do servidor público?
Sempre fui entusiasta na minha profissão, logo acredito nas pessoas e, principalmente na sua capacidade de promover mudanças reais e significativas. Penso que a função de servidor público é agir de forma idônea e competente no cumprimento das tarefas que lhe foram delegadas pelo cidadão contribuinte, nosso principal empregador. Destaco ainda, que o ambiente de trabalho é uma fonte permanente de aprendizagem e de colaboração.
De Cláudio Barbosa para Anderson Rodrigues
Qual o seu foco principal no magistério?
Meu intento principal será trabalhar na divulgação, na pesquisa e no aperfeiçoamento do ensino de Física no nível superior e médio. Pretendo me envolver e desenvolver projetos de extensão que tenham como objetivo principal o uso de recursos visuais, experimentais e artísticos que facilitem a assimilação do conhecimento.
Você pretende ser que tipo de professor?
Pretendo ser um professor dedicado ao Instituto, participativo em sala de aula e atencioso com a comunidade estudantil. Almejo um nível cada vez mais elevado de seriedade e compromisso com a vida acadêmica, em uma constante busca de evolução profissional e pessoal, mantendo um bom
relacionamento com os colegas professores, servidores técnicos e alunos.
De Anderson Rodrigues para Cláudio Barbosa
Com toda sua experiência acadêmica, quais conselhos você daria a um professor recém-contratado do IFCE?
Após se preparar para os dois maiores obstáculos da profissão - a desvalorização social e a pouca remuneração -, o professor deve, primeiramente, abraçar, com determinação, responsabilidade, consciência e prazer, o que vai fazer numa instituição de ensino, principalmente na sala de aula. Com essa decisão, ele deve estudar muito, atualizar-se, criar e pensar mais nos estudantes do que em qualquer coisa, para caprichar no trabalho docente e estimulá-los a aprender sozinhos.
Em sua opinião, quais os pontos fortes na carreira de magistério do IFCE no atual panorama? Mudou muito nos últimos anos?
O IF mudou muito nesses anos, pois é uma instituição que acompanha as inovações educacionais em todas as áreas, como ensino, arte e tecnologia. Há muitos incentivos para os professores. Isso faz com que os pontos fortes sejam a facilidade de cursar uma pós-graduação e a tecnologia à disposição dos docentes. Além disso, tem credibilidade nacional.
Imagem: Em sentido horário, professora Cristina Valverde, jornalista Tiago Braga e professores Anderson Rodrigues e Claudio Barbosa (fotos: arquivos pessoais)
Márlen Danúsia - reitoria