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Comunicação com o público surdo é realidade no IFCE

Instituto intensifica ações para promover a conscientização sobre Libras
última modificação: 22/03/2018 07h51
Gravação do  #IFCEAÇÃO com o tradutor interprete de linguagem de sinais, Bruno Carioca

Gravação do #IFCEAÇÃO com o tradutor interprete de linguagem de sinais, Bruno Carioca

Tendo a inclusão como lema, o Instituto Federal do Ceará (IFCE) vem aumentando as iniciativas em torno da melhoria no atendimento às pessoas com surdez. Por esta razão, já está em andamento o curso básico em Língua Brasileira de Sinais (Libras), ofertado a servidores e terceirizados da instituição, com participação de membros das comunidades do entorno da Reitoria, uma realização das Pró-reitorias de Extensão (Proext) e de Gestão de Pessoas (Progep). Além disso, a instituição tem reforçado o quadro de tradutores e intérpretes em Libras para favorecer a comunicação com esse público.

Hoje, são seis unidades do IFCE com alunos surdos, o que representa 17% da instituição, considerando as 34 unidades que compõem o órgão. Além disso, são ao todo nove professores com surdez, em diversos campi, lecionando de forma inclusiva, em diversas áreas de concentração. Para atendê-los, os nove tradutores e intérpretes em Libras do instituto se dividem dando suporte aos processos comunicacionais estabelecidos, pelo que já houve também a formatação de grupo de trabalho para a tradução dos editais de concursos e de seleções nessa língua.

A Libras é um instrumento de comunicação específico de produção de sentido, sendo submetida a uma estrutura gramatical própria que vai além dos gestos e das expressões utilizadas na medida em que representa um ato de inserção social a partir da emissão de códigos de linguagem. Atenta à necessidade de comunicação de forma ampla com todos os públicos atendidos, a Pró-reitoria de Extensão (Proext) do IFCE monitora, desde 2015, as iniciativas realizadas no âmbito da instituição por meio dos Núcleos de Acessibilidade às Pessoas com Necessidades Educacionais Especificas (Napnes) para amplificar o alcance dessa língua.

O acompanhamento das ações é feito por um sistema de gerenciamento, o SigProext, o qual sinalizou ao todo 23 cursos ao longo desse período – dos quais 10 ainda estão em andamento – representando quase oito cursos por ano nessa área. Além disso, foram oito eventos com a temática da Libras e quatro projetos realizados, estando um ainda em andamento. Segundo a coordenadora de Projetos Especiais da Proext, Kelma de Freitas, há muito mais ações realizadas na instituição, uma vez que o dinamismo dos campi permite essa atuação.

“Avalio que estamos realizando progressos. A oferta de projetos, ações e eventos em nossos campi já é uma resposta desse rico trabalho de sensibilização dos nossos servidores, alunos e comunidade externa no que diz respeito à inclusão”, diz Kelma. Ela garante que ainda há muito mais a fazer e que “é preciso continuar firme nesse trabalho porque, assim como qualquer outra língua, a Libras precisa ser melhor difundida para que a comunidade surda realmente possa ter a condição de ocupar seu espaço na sociedade”, reforça.

Janela de Libras

E o esforço em torno desse ideal tem sido buscado pelos diversos segmentos que fazem o IFCE, tanto nos campi quanto na Reitoria. Prova disso foi o engajamento dos servidores no curso básico em Libras que alcançou representatividade de todos os setores do órgão máximo da instituição. Além disso, a adoção da janela de Libras nos vídeos produzidos pelo Departamento de Comunicação Social, que passaram a ser uma realidade desde 2017, quando da realização do atual vídeo institucional, passando pelo programa de webTV #IFCEAção, veiculado nas redes sociais. Tudo isso tornando mais efetiva a proposta da comunicação institucional acessível.

Deborah Sampaio - Reitoria

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