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Equipamentos para desinfecção de ambientes
IFCE desenvolve equipamentos de desinfecção com raios ultravioletas
Rodos e caixas são entregues gratuitamente para contribuir com o combate à Covid-19
Professores e alunos das áreas de Telemática e Indústria do IFCE trabalham no desenvolvimento de protótipos de equipamentos de desinfecção de ambientes com uso de raios ultravioletas, novo método para esterilizar superfícies contaminadas pela Covid- 19.
Realizado no campus de Fortaleza do IFCE, o projeto inclui a concepção e montagem de protótipos, elaboração de manual de instrução e a produção dos dispositivos em pelo menos duas versões: a primeira é um rodo; e a segunda, uma caixa para ser acoplada a ambientes. Nesta nova ação em prol do controle da pandemia, estão envolvidos, sob a supervisão de docentes, mais de 15 alunos dos cursos Técnico em Mecânica, bacharelados em Engenharia Mecatrônica e em Engenharia de Telecomunicações, além do Mestrado em Engenharia de Telecomunicações.
De acordo com o coordenador do projeto, o professor Isaac Miranda, estudos demonstram a grande eficácia germicida dos raios violetas C, chamado UVC. No entanto, como podem ser nocivos ao usuário, os pesquisadores tomaram precauções na modelagem dos dispositivos. “No rodo, o material foi planejado para que não tenha transmissão acidental. Incluímos um obturador que regula e pode até vedar a transmissão da luz”, explica. Já o segundo equipamento, continua, “é uma caixa com uma lâmpada dentro projetada pensando nas salas de desparamentação dos profissionais de saúde. A emissão dos raios em baixa incidência não prejudica a quem está no ambiente.”
No momento, também é elaborado um manual de instruções para referenciar a produção dos dispositivos. O Departamento de Indústria do IFCE de Fortaleza trabalha na produção de 100 unidades para distribuição sem custos a entidades que necessitem do material. A Associação Peter Pan foi a primeira a receber a doação do equipamento desenvolvido no Instituto Federal do Ceará.
O protótipo do rodo tem custo de R$ 134,46, o que é considerado baixo pelo pesquisador. “O consumo energético desses equipamentos também é bem pequeno”, acrescenta Miranda. Com valor total de R$ 13.135,00, o projeto foi aprovado pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica – SETEC do MEC.
Márlen Danúsia - campus de Fortaleza