Trabalho sobre comunidade quilombola é reconhecido nacionalmente

A pesquisa que tem como título “IX Festa do Mangue do Cumbe: turismo e tradição” recebeu a certificação de melhor trabalho no Prêmio Literatura Científica da Associação de Pesquisa e Pós-Graduação em Estudos do Lazer (ANPEL). A premiação foi promovida durante o 6º Congresso Brasileiro de Estudos do Lazer e XX Seminário O Lazer em Debate, promovidos no último mês de novembro, em São Paulo.

O trabalho “IX Festa do Mangue do Cumbe: turismo e tradição” tem como autores a professora do campus de Fortaleza, Ana Amélia Neri, a estudante do Bacharelado em Turismo do IFCE, Giovana do Carmo, e o doutorando em História pela Universidade Federal do Ceará e liderança do Quilombo do Cumbe, João Luís Joventino.

Com a visita in loco, o grupo vivenciou a organização dos pescadores e das pescadoras ancestrais quilombolas, que são comprometidos com os modos de vida tradicional e com sua relação com o território onde vivem.

Para a professora Ana Amélia Neri, a premiação representa um reconhecimento importante no âmbito acadêmico do trabalho de pesquisadoras do IFCE que assumem o compromisso de desenvolver investigações científicas junto às comunidades tradicionais cearenses, sobretudo na perspectiva do retorno destes estudos à sociedade brasileira e especificamente ao Quilombo do Cumbe, um grupo social que constrói cotidianamente o seu movimento de resistência pelo território ancestral livre e pelo bem-viver por meio do turismo comunitário.

A iniciativa integra a pesquisa “Modus Vivendi Quilombola: corporeidade e resistência” (Edital PIBIC-IFCE 2023-2024), coordenada pela profa. Ana Amélia Neri. Durante visita ao Quilombo do Cumbe, localizado na cidade de Aracati, o grupo colheu depoimentos, realizou registros etnográficos e vivenciou, durante três dias, o contexto da IX Festa do Mangue.