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NEABI participa de marcha contra o racismo
Atividades pré-marcha aconteceram no campus de Fortaleza
O caminho contra o racismo e a intolerância religiosa se faz nos pequenos passos. Negros, quilombolas, indígenas, ciganos e povos de terreiro darão mais um passo nessa luta na quarta-feira, dia 15, durante a Marcha Contra o Racismo e Discriminações às Religiões de Matrizes Africanas e Indígenas. O evento conta com apoio do IFCE, por meio de professores do campus de Caucaia e do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI) do campus de Fortaleza.
De acordo com a professora Anna Erika Ferreira, integrante do NEABI do campus de Fortaleza, a atividade está diretamente ligada aos grupos com os quais o núcleo está trabalhando. “Esses atores sociais sentem não apenas de forma psicológica o racismo no cotidiano, mas também nos processos de exclusão diante de suas escolhas religiosas e estéticas. É fato que somente quem sofreu atos racistas consegue compreender o que seja e seus efeitos”, pondera.
A professora Mariana Lima, do campus de Caucaia, acrescenta que o evento é uma construção coletiva originada no processo organizativo da Marcha Contra o Racismo ocorrida em março deste ano durante o Fórum Social Mundial, em Salvador. “Eventos como este são de extrema relevância, pois fortalecem a construção de uma sociedade mais igualitária. É também um ato pedagógico”, ressalta.
O evento acontece em dois momentos e lugares diferentes. Pela manhã, a concentração será às 9 horas na barraca Zen Beach, na Praia do Futuro, deslocando-se em seguida pela avenida Zezé Diogo até a barraca Zé da Praia. Na parte da tarde, a marcha será na Praia de Iracema, com concentração no Centro Cultural Belchior e chegada no aterro às 16 horas. As manifestações serão acompanhadas de falas, músicas e batuques, faixas, cartazes e expressões teatrais.