Estudantes participam de oficina de inovação em saúde

Alunos trabalhando durante oficina MedHacker Alunos do campus de Fortaleza enfrentaram o desafio de propor soluções para a prevenção à cegueira durante uma oficina de inovação em saúde focada nos idosos. Como resposta ao problema, a equipe Carcará, composta pelos cearenses e por estudantes do IFRN, apresentou cinco produtos, utilizando tecnologias simples disponíveis e aplicáveis ao ambiente hospitalar universitário do Sistema Único de Saúde (SUS).

Entre os produtos está a "Gota Guia", um óculos adaptado que que permite aos idosos aplicar colírio corretamente. Os alunos também criaram um dispositivo que emite avisos com sinais sonoros e luminosos para ajudar a pessoa idosa a tomar os medicamentos corretos na hora exata (o "MAGOO"). Outro sistema apresentado, o "+Mais", incentiva, ensina e conscientiza sobre diabetes e outras patologias que podem prejudicar a visão.

Por sua vez, o "MAXO: Mobile Assistive Xtreme Ophthalmic" é um aplicativo para tablets que possibilita a visualização do efeito sobre a visão de determinadas doenças. Por fim, os estudantes do IFCE criaram uma bandeja inteligente que fornece a informação por voz do medicamento colocado sobre ele, informando a prescrição daquela medicação. Esse identificador de medicamentos foi batizado de "Doctor Coach".

Parceria inédita entre os institutos federais, o Ministério da Educação (MEC), a Ebserh e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a oficina MedHacker aconteceu no formato de maratona de desenvolvimento de soluções. Na criação dos produtos, os alunos tiveram orientação de professores dos instituições federais e o apoio de médicos da Liga Acadêmica MedHacker e de servidores da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

A oficina, realizada durante a 38ª edição da Reunião dos Dirigentes das Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica (Reditec), contou com a participação de delegações dos Institutos Federais da Bahia (IFBA), Ceará (IFCE), Pernambuco (IFPE), Paraíba (IFPB), além dos anfitriões do Rio Grande do Sul (IFFarroupilha, IFRS e IFSul). Foram quatro dias de imersão total na pesquisa e desenvolvimento de soluções pensadas para melhorar a saúde do idoso. Para professor Agebson Façanha, o evento possibilitou aos alunos se integrarem mais ao processo de criação e desenvolvimento de ideias e soluções.