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Extensão leva luteria popular ao campus Tauá

Projeto “Partilhas do sensível: Luteria popular no campus” foi apresentado dia 10/06
última modificação: 31/10/2022 17h49
Diogenilson Aquino Músico Di Freitas se apresenta com colaboradores

Músico Di Freitas se apresenta com colaboradores

Você sabe o que é luteria? É arte de produzir instrumentos musicais de modo artesanal. E a luteria popular? É essa mesma arte de fabricação de instrumentos, só que utilizando materiais alternativos da região, como cabaça, madeiras, cano. É essa vivência que o campus de Tauá do IFCE quer passar para a comunidade acadêmica e do município.

Por isso, o campus lançou nesta quarta-feira (10 de junho), às 15h, o projeto de extensão “Partilhas do sensível: Luteria popular no campus (uma experiência líteromusical)”. O projeto foi aprovado no edital nº 01/2015 do Programa Institucional de Apoio a Projetos de Extensão (Papex) do IFCE, e é coordenado pelo professor Auricélio Ferreira e o servidor Jardel Leite. O facilitador do curso será o músico cearense Di Freitas, coordenador de música da Orquestra de Rabecas do Sesc de Juazeiro do Norte.

O professor Auricélio explicou que a ideia surgiu para suprir o desejo do campus por uma atividade ligada às artes, a vocação dos alunos que já tocam música, do próprio servidor Jardel que já tinha feito essa proposta, e do trabalho do Di Freitas, que já é bastante conhecido. “A proposta é trazer para o campus de Tauá a arte de construção de instrumentos, na perspectiva multidisciplinar, a agregando valor às habilidades dos dois cursos que nós ofertamos, Telemática e Agronegócio.”

O músico Di Freitas contou que começou a produzir instrumentos musicais com materiais alternativos quando foi à Juazeiro do Norte e se deparou com a cultura popular do local. “Nessa cultura, o próprio mestre faz seu instrumento. Eu me encantei com essa habilidade de construir se instrumento com os materiais que se tem em mãos. Então, para fazer um pífano, o mestre utiliza cano, taquara, bambu. A rabeca se faz com uma madeira, cabaça. É isso que nós vamos ensinar aqui. A ideia do projeto e do meu trabalho é valorizar o conhecimento local. Utilizar a cultura, saberes, vivências para fazer música.”

As atividades do projeto atenderão, aproximadamente, 53 participantes, entre alunos, ex-alunos, servidores, professores e comunidade em geral. Serão desenvolvidas em dois momentos distintos, como esclareceu o professor Auricélio. “Primeiro, será uma parte mais teórica, com a sensibilização para o que é a luteria. Segundo, será uma parte prática. O professor Di Freitas, junto com os colaboradores, vão mostrar a sonoridade dos instrumentos, e em seguida, fabricar os mesmos junto com os participantes. Essa última parte prevê a seleção de um repertório da música popular nordestina, instrumental, que será apresentado à comunidade, tanto nas dependências do campus, quanto no município de Tauá.”

Diogenilson Aquino - campus de Tauá

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