IFCE completa 67 anos de Ensino, Pesquisa e Extensão em Iguatu

Nascido como um curso de extensão de Economia Rural Doméstica em 23 de março de 1955, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), ainda é bastante conhecido na capital do Centro-Sul cearense como Escola Agrotécnica Federal de Iguatu (EAFI).  A lei que cria os institutos federais (11.892, de 29 de dezembro de 2008) fortaleceu o papel da extensão e pesquisa na instituição articulando os saberes científicos com a comunidade externa.

De acordo com o professor de Química Francisco Avelino, é por meio de projetos e ações de extensão e pesquisa que o IFCE busca contribuir, na prática, para a justiça social, empreendedorismo e desenvolvimento da região Centro-Sul do Ceará “Esses projetos contribuem para a disseminação da educação, ciência e tecnologia, possibilitando a construção de uma sociedade com melhor qualidade de vida e com maior senso crítico”, diz Avelino.

Dentre as iniciativas de mais destaque nos últimos anos, é possível citar a “Formação de Mulheres Multiplicadoras para prevenção e o enfrentamento à violência contra a mulher”, promovido pelo curso de Bacharelado em Serviço social. O objetivo é promover a criação e fortalecimento de grupos de mulheres para realizar capacitação teórico-metodológica e técnico-operativa para as bolsistas compreenderem e intervirem sobre as expressões da violência contra a mulher.

A saúde mental também é foco das atividades extensivas do campus. Com a proposta de construir estratégias, soluções e tecnologias sociais que promovam a o êxito, a permanência, o bem-estar e a qualidade de vida o projeto “Permane(Ser): você não está só” tem como público-alvo estudantes de ensino superior da cidade de Iguatu, especialmente do IFCE, URCA e UECE. A idealizadora do projeto, a professora Cynthia Studart do curso de Bacharelado em Serviço Social, diz que o intuito do Permane(Ser) é de contribuir para fortalecer a função social do campus na sociedade iguatuense. “Diante da pandemia de Covid-19 e seus impactos na subjetividade dos estudantes decorrentes do isolamento social, das perdas materiais e afetivas e do estresse associado ao ensino remoto, resolvemos construir e submeter o projeto de extensão Permane(Ser) ao Edital do Programa Acreditar do IFCE”, diz.

Educação, ciência e tecnologia são as vocações da instituição, que, inserida em um contexto de comunidade empreendedora e de agricultura de Iguatu, o IFCE desenvolve o projeto “Agroifnordeste” para o fortalecimento da agricultura familiar. A iniciativa compõe Plano AgroNordeste e das políticas públicas desenvolvidas pela Secretaria de Agricultura Familiar (SAF) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Sobre o tema, o Chefe do Departamento de Pesquisa, extensão e Produção do campus, Newdmar Fernandes, comenta “Está previsto durante a execução ações ligadas a Residência Profissional Agrícola, implantação de Unidade de Referência Tecnológica em Energias Renováveis e Economia de Água, além de eventos para promover a comercialização de produtos oriundos da Agricultura Familiar”, diz.

História do IFCE de Iguatu

A partir de 2008, a EAFI passou a integrar a rede de Institutos Federais passando a se chamar IFCE-campus Iguatu. O diretor do campus Iguatu, Francisco Heber, diz que apesar dos desafios, há muito o que celebrar. “Graças ao esforço desmedido dos servidores que por aqui passaram e aos que ainda labutam nesse campus, sentimos orgulho de continuar escrevendo páginas dessa história que tem como nobre missão de transformar vidas”, conclui.

Hoje, o instituto conta com quatro cursos superiores disponíveis para ingresso no Sistema de Seleção unificado (SiSU): Bacharelado em Serviço Social, Bacharelado em Engenharia Agrícola, Licenciatura em Química e Licenciatura em Geografia. Além disso, a instituição tem de especialização: Educação Profissional e Tecnológica e Gestão de Micro, Pequenas e Médias Empresas.

Para o ensino básico e técnico, o campus oferece quatro cursos integrados ao Ensino Médio: Nutrição e Dietética, Informática, Agropecuária e Agroindústria; e cinco cursos subsequentes, voltados para pessoas que já concluíram o ensino básico: Nutrição e Dietética, Informática, Agropecuária, Agroindústria, Comércio.