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Estudante de pós-graduação do campus Iguatu elabora cartilha sobre ensino da cultura afro
ORGULHO IFCE
Não é novidade que no Brasil existe a lei 10.639/03 que fala sobre a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas, públicas e particulares, dos ensinos fundamental e o ensino médio. Apesar disso, ainda são muitas as barreiras e as negligências encontradas para a aplicabilidade da lei nas instituições de ensino. Foi buscando criar uma ferramenta pedagógica para discutir a equidade racial e religiosa na escola que o egresso da especialização em Educação Profissional e Tecnológica, Jefferson Aleff Batista criou a cartilha “Axé”.
A cartilha foi desenvolvida no intuito de priorizar a leitura de fácil compreensão e imagens explicativas, utilizado colagens digitais, a fim de facilitar o entendimento do assunto. Os objetivos do trabalho de conclusão de Jefferson foi de analisar a Lei 10.639/03 com base em uma educação antirracista; Discutir sobre as ações de base do movimento negro e o processo de institucionalização da Lei 10.639/03; e contribuir com a aplicabilidade da Lei 10.639/03 no cotidiano escolar por meio da cartilha “Axé”, sob orientação do professor Leandro Lima.
Ao elaborar o trabalho, Jefferson quis utilizar o estudo das religiões de matriz africana dentro do ambiente escolar como forma de auxiliar o combate à violência, à intolerância religiosa e ao racismo. “O professor que fizer uso da cartilha 'Axé', dentro da sala de aula, além de trabalhar e reverberar os assuntos relacionados às religiões de matrizes africanas, estará contribuindo para que a imagem negativa, muitas vezes associada a uma demonização, possa ser desmistificada. Tudo isso nos direciona para uma educação antirracista”, diz.
Ele acredita que é necessário oferecer possibilidades onde a aula se transforma em uma encruzilhada de novas possibilidades, de potencialização das inteligências múltiplas, onde o aprender dinamiza os conhecimentos e constrói novas bases civilizatórias para o futuro.
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