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Risco para ciclista na Domingos Olímpio

Poluição supera índices da OMS em alguns dias da semana
última modificação: 04/03/2020 08h10
Foto: Francisco Costa

Foto: Francisco Costa

Pesquisa realizada pelo IFCE, em parceria com a UFC, com o objetivo de avaliar a qualidade do ar e a poluição sonora para quem utiliza a ciclovia da avenida Domingos Olímpio alerta os ciclistas: os dois aspectos são desfavoráveis à saúde de quem circula na avenida, uma das principais de Fortaleza, especialmente nas segundas, terças e quintas-feiras.

Em relação à qualidade do ar, as manhãs de segundas e quintas-feiras são os piores momentos diurnos. Por meio da pesquisa foram detectados, respectivamente, 5,7 µg/m³ e 6,1 µg/m³, enquanto a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda até 2,5 µg/m³. Na tarde de terça-feira, a medição chegou ao nível de 7,3µg/m³. 

Já sobre a poluição sonora em vias de trânsito, a OMS determina como limite, durante o dia, 53 dB (A) e, à noite, 45 dB (A). Nos estudos realizados, todas as amostras ultrapassaram os valores recomendados, variando entre 63dB (A) e 108 dB (A).

Rinaldo Araújo, professor e pesquisador do Departamento de Química e Meio Ambiente do campus de Fortaleza e do Mestrado em Tecnologia e Gestão Ambiental do IFCE, relata que, nesse primeiro momento, foram analisadas a incidência de partículas finas, formadas por diversos materiais, e as possíveis implicações na saúde dos ciclistas. Em etapa posterior, serão verificados os compostos químicos presentes na “poeira”.

Helenamara de Oliveira (foto), ex aluna do referido mestrado, atuou como ciclista voluntária no projeto. Ela fez viagens na Avenida Domingos Olímpio, cerca de 30 dias, com cinta e medidor de batimentos cardíacos acoplados ao corpo e, na bike, duas pequenas bombas com carvão ativado medidor de ruídos e compostos carbonílicos. O material registrou a temperatura, umidade, concentração dos materiais inaláveis e as taxas de inalação dessas partículas. 

Márlen Danúsia - campus de Fortaleza