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Alunos conhecem vivência de agricultores no semiárido

Experiência compartilhada na comunidade visitada foca o desenvolvimento sustentável
última modificação: 14/04/2016 17h51

Os alunos da disciplina Estratégia de Convivência com o Semiárido, do curso de Agropecuária, do campus de Crateús, realizaram uma visita na última quinta-feira (19), à comunidade rural entre Ipueira e Quiterianópolis, onde puderam conhecer as experiências dos moradores em busca do desenvolvimento sustentável na comunidade. A visita foi coordenada pelos professores Tony Andreson Guedes Dantas e Sâmia Paiva de Oliveira, e teve o apoio da Cáritas Diocesana de Crateús, com o acompanhamento do técnico agrícola José Edmar Feras Filho. 

Na comunidade Ipueira, o grupo foi recebido pelos agricultores Antônio Goncalves Lima e Antônia de Sousa Soares que expressaram algumas reflexões sobre a vivência no semiárido: “o semiárido é feito de sonhadores, que com muita fé acreditam que é possível conviver nesta região”, frisou o agricultor e pedagogo Antônio Lima. Para ele, a educação contextualizada é a chave da mudança, pois possibilita a busca e a chegada na comunidade de tecnologias sócias, que auxiliam no desenvolvimento sustentável na comunidade, acompanhada dos princípios agroecológicos que preza pela diversificação e não uso do agrotóxicos. 

Dentre as tecnologias e recursos que os agricultores consideram apropriadas, visando o desenvolvimento sustentável, destacam os canteiros econômicos que otimizam o uso da água. Citaram também o uso de ecociclos,  mandalas, viveiros de mudas nativas e frutíferas e casas de sementes, que garantem a diversidade e a soberania quantos as sementes plantadas, bem como o acesso a políticas públicas de comercialização, como o PAA (Programa de aquisição de alimentos)  e PNAE (Programa nacional de alimentação escolar), entre outros.

A forma de comercialização dos produtos gerados na comunidade foi outro ponto de destaque na perspectiva de convivência buscada pelos moradores na região. A agricultora Antônia Soares destacou a feira livre como uma oportunidade de geração renda, agregando valor aos seus produtos, com a venda direta aos consumidores, sem a intervenção do atravessador. Ela comercializa um leque variado de alimentos feitos pela família, tais como bolo, cocada, doce e tapioca.

Imagem: Visita técnica foi realizada por discentes do curso de Agropecuária

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